WarkaWater, um sistema que retira água potável do ar


     O problema da água na Etiópia é algo muito grave, apenas 34% da população tem acesso à água potável e muitos viajam por dias para conseguir alguma, muitas vezes contaminada.
     O designer italiano Arturo Vittori e o arquiteto suíço Andreas Vogler visitaram a Etiópia em 2012 e, chocados com a situação que presenciaram, resolveram colocar as mãos na massa, produzindo o WarkaWater, através de sua empresa, a Architecture and Vision.
     O WarkaWater, nome inspirado em uma árvore etíope, consiste de uma estrutura de bambu de 9 metros de altura revestida com uma rede de nylon que pode ser facilmente consertada e permite medir o nível da água também de forma fácil.
     Coletar água através da condensação da umidade do ar não é uma técnica nova, mas esse equipamento é mais eficiente, maximizando a superfície de contato para produzir até quase 100 litros de água por dia.
     Até agora as tentativas de prover água na África têm esbarrado no alto custo de poços artesianos ou outras tecnologias mais modernas.
     O WarkaWater destaca-se nesse aspecto, já que cada torre custa 550 dolares, enquanto um Playpump chega a casa dos 14 mil. Os criadores do equipamento ainda afirmam que o custo cairá com a produção em massa.
     A montagem da estrutura demora três dias e não requer nenhum equipamento especial. São necessárias seis pessoas no processo, que podem ser os próprios moradores, que depois passarão o conhecimento adiante.
     Vittori já está trabalhando em uma segunda versão do equipamento, com paineis solares, para gerar eletricidade além da água.
     A empresa agora está angariando fundos para começar a instalação das torres na Etiópia no próximo ano. Elas também podem ser utilizadas em outra áreas, como desertos, onde a mudança drástica de temperatura durante a noite favorece a coleta.

Fonte: NPR


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