Aplicativo analisa hábitos do usuário e bloqueia o smartphone em caso de roubo


     Pesquisadores da Universidade Caledônia de Glasgow, no Reino Unido, estão trabalhando em um software que promete bloquear automaticamente o seu smartphone em caso de roubo ou furto. Como? Analisando os seus hábitos de uso. Ao perceber um comportamento fora do padrão, o aplicativo entra no modo de proteção.
      Para funcionar da maneira esperada, o software precisa analisar os hábitos do usuário por, no mínimo, uma semana. Vários dados são coletados e analisados: identificação das torres de celulares, redes Wi-Fi normalmente detectadas, níveis de iluminação e ruído dos ambientes frequentados (medidos por sensores e microfones), apps mais acessados, entre outros.
     Perceba que, se você vai todo dia ao trabalho no mesmo horário e fica a maior parte do tempo na mesma sala, os mencionados parâmetros fazem sentido: o trajeto percorrido sempre levará ao uso das mesmas antenas, as redes Wi-Fi detectadas variarão pouco, a iluminação do lugar terá quase sempre a mesma intensidade e assim por diante.
     É claro que o seu dia a dia não é sempre o mesmo, razão pela qual o software tolera algumas mudanças, como uma alteração de rota (você pode estar tentando fugir do trânsito) ou a ida a um restaurante não visitado antes (o local é diferente, mas você saiu para almoçar no mesmo horário).
     São mudanças comportamentais mais intensas que fazem o software “desconfiar” de alguma coisa. Em um dos testes, o aparelho foi levado para um ambiente desconhecido e acessado de maneira diferente em relação ao padrão registrado nos dias anteriores. Com base nestas constatações, o aplicativo acertadamente bloqueou o celular e só o liberou mediante digitação de senha.
     De modo geral, a ferramenta se saiu bem: o índice de acertos nas simulações de roubo ou furto foi de 95%. Mas os próprios pesquisadores reconhecem que o software ainda não está pronto para uso. Mais parâmetros precisam ser considerados, assim como mais cenários onde o bloqueio do celular é cabível.
     Quando a tecnologia estiver mais desenvolvida (não há previsão de conclusão, infelizmente), a ideia é integrá-la a outros recursos de proteção, como localização por satélite e autenticação por impressão digital.


Fonte: New Scientist


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