Ubuntu Phone terá a função “PC”
Já pensou em “transformar”
seu smartphone em um PC? A Microsoft já: na semana passada, a companhia contou
que determinados aparelhos com Windows 10 terão uma função para esse fim. Mas a
turma de Satya Nadella não está sozinha. Mark Shuttleworth, o chefão da
Canonical, prometeu um modo equivalente no Ubuntu Phone.
Na verdade, esse plano existe há quase dois
anos. Em 2013, a Canonical fez uma campanha de crowdfunding para lançar o
smartphone Ubuntu Edge. Um dos atrativos prometidos para o modelo era
justamente uma “função PC”.
Uma ideia realmente promissora. Se a
promessa fosse cumprida, o usuário precisaria apenas conectar teclado e monitor
ao Ubuntu Edge para, imediatamente, o sistema operacional do dispositivo se
adaptar à tela maior e se comportar como o Ubuntu para desktop.
Só que a companha não deu certo. Na
ocasião, o Ubuntu Edge bateu recorde de arrecadação, quase US$ 13 milhões, mas
precisava de US$ 32 milhões para sair do papel.
Mesmo assim, o plano de lançar um Ubuntu
para dispositivos móveis não foi descartado pela Canonical. Até a ideia do
“modo PC” foi mantida. O problema é que a companhia não conseguiu tocar o
projeto com a agilidade que o mercado espera.
O primeiro smartphone baseado no Ubuntu
Phone acabou saindo apenas neste ano – em fevereiro, para ser exato. Trata-se
do Aquaris E4.5, da espanhola BQ. O modelo convive com algumas restrições: só está
disponível na Europa, tem vendido pouco e, ainda por cima, não vem com a tal
função de PC.
Mas Shuttleworth acredita que o modo
estará disponível no Ubuntu Phone ainda em 2015. No evento Ubuntu Online
Summit, o executivo explicou que o ambiente gráfico Unity vem sendo preparado
há algum tempo para trabalhar com telas de variados tamanhos e rodar
aplicativos “convergentes”.
Mark Shuttleworth afirmou ainda que a
Canonical já está trabalhando com uma fabricante para colocar o primeiro
smartphone com Ubuntu Phone e a função de PC no mercado. Ele só não disse que
empresa é essa e quando, exatamente, o lançamento será feito.
Apesar das incertezas (e de algum
ceticismo do mercado), Shuttleworth se mostra confiante na ideia, tanto que, no
evento, ele chegou a sugerir a desenvolvedores para já irem pensando em
aplicativos convergentes.
Fonte: PCWorld, OMG, Ubuntu.
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