Cafeína: viciante ou não?
A cafeína é comumente
encontrada numa variedade de alimentos e bebidas, incluindo café, chá,
refrigerantes e chocolate, sendo amplamente considerada a droga psicoativa mais
popular do mundo.
Mas há alguma discordância sobre se a
ingestão regular de cafeína pode levar a um verdadeiro "vício".
Algumas pesquisas classificam a substância como aditiva. Por exemplo, um
documento de 2010, no Journal for Nurse Practitioners afirma: "A cafeína
atende a todos os requisitos para ser uma substância viciante, incluindo a
dependência, tolerância e abstinência."
Por outro lado, a revisão de 2006 no
American Journal of Drug Abuse and Alcohol nega o vício de cafeína, apontando
que raramente há uma forte compulsão para "consumir" cafeína, ao
contrário da cocaína, anfetaminas e outros estimulantes clássicos.
Na sua quinta e mais recente edição, o
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), que a
Associação Americana de Psiquiatria publica, acrescentou "a retirada da
cafeína" pela primeira vez. A intoxicação por cafeína também é listada
como um transtorno mental no DSM-5.
Parar o consumo de cafeína pode causar
sintomas de abstinência - incluindo dor de cabeça, fadiga, irritabilidade,
humor deprimido e dificuldades de concentração - que são graves o suficiente
para interferir com a capacidade de uma pessoa funcionar corretamente em termos
laborais ou em situações sociais, de acordo com o manual de saúde mental.
No entanto, o DSM-5 não inclui a cafeína
na sua lista de "transtornos por uso de" (o termo usado para os
vícios). Em vez disso, transtorno por uso de cafeína está arquivado sob
"Condições para Estudo".
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