A História da Pepsi
A história do farmacêutico do estado da Geórgia John Pemberton, que criou a Coca-Cola em 1886 é bastante conhecida, mas o caminho percorrido por sua maior "rival", a Pepsi-Cola, não é tão conhecido assim, mas nem por isto é menos interessante. A Pepsi-Cola nasceu de forma semelhante à Coca-Cola, também pelas mãos de um farmacêutico, Caleb Bradham, que em 1898, 12 anos depois da criação da Coca-Cola, criou o "Brad's Drink", que inicialmente era vendido como um remédio para má-digestão na pequena cidade de New Bern, na Carolina do Norte. Pode-se dizer que o refresco do Sr. Bradham foi criado no rastro do sucesso da Coca-Cola, assim como muito dizem que a própria Coca-Cola era uma "versão refrescante e não alcoólica" de uma conhecida bebida européia: o "Vinho Mariano", que usava folhas de coca do altiplano andino em sua composição. Logo o "Brad's Drink" recebeu a marca Pepsi-Cola, já que os ingredientes "emulavam" a ação da Pepsina (uma enzima digestiva) e Nozes de Cola. Durante as primeiras décadas do século XX, mesmo com relativo sucesso, a Pepsi-Cola Company entrou em falência por 2 vezes, tendo como principal motivo uma especulação mal-feita em torno dos preços do açúcar, um de seus principais ingredientes. Por duas vezes, em 1922 e 1933, a Coca-Cola Company teve a oportunidade de comprar a Pepsi-Cola Company, mas recusou. Foi então que a empresa foi vendida para a Loft Inc, uma produtora de doces que substituiu suas máquinas de Coca-Cola pela Pepsi-Cola em todas as suas unidades. Durante a década de 40, o novo presidente da Pepsi-Cola Company, Walter Mack, teve outra grande idéia: ele resolveu investir no mercado afro-americano, que na época ainda sofria com a segregação racial em vários estados (principalmente na Geórgia, berço da Coca-Cola). Foi nesta década que os posters e cartazes de pontos de venda da Pepsi mostravam famílias afro-americanas consumindo o produto. Nem é preciso dizer que a idéia foi bem sucedida, alavancando as vendas nos Estados Unidos, principalmente quando na mesma época o conselho da Coca-Cola apoiou o governo segregacionista do estado da Geórgia, além de não contratar em suas fábricas trabalhadores negros.
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