Quem é essa mulher que carregamos no bolso?
Afinal,
quem é a mulher estampada nas notas de real?
Tudo começou a partir de um acontecimento
que marcou e modificou o mundo inteiro, sendo considerado o maior acontecimento
da história nos últimos 1800 anos: A Revolução Francesa.
A Revolução Francesa aconteceu entre 05 de
maio de 1789 até 09 de novembro de 1799. Durante este período muitos fatos
históricos aconteceram.
Antes da revolução havia um regime
absolutista, onde o rei governava através de um poder supremo fazendo com que
95% da população fosse oprimida e explorada pelos seus outros 5% (Clero e
Nobreza), condenando à guilhotina ou prendendo na Bastilha aqueles que se
opunham ao governo.
A França passou por períodos
revolucionários que se iniciaram com a queda da bastilha em 1789 (prisão
política símbolo da opressão), e chegaram até o seu ápice no ano de 1793,
quando a família real francesa foi toda guilhotinada.
O fato é que o povo era oprimido e
submisso e, para que a revolução acontecesse, era necessário incitar o povo,
era necessário inspirá-los! Foi isso que aconteceu no dia em que uma nova
perspectiva e um novo ideal foi lançado: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.
Após o triunfo da revolução, foi criada a
República Francesa, terminando com o sistema absolutista, dando mais autonomia
ao povo através de direitos sociais e com a declaração dos direitos do homem e
do cidadão.
“A revolução, os novos ideais, as
perspectivas do povo, enfim, a república, precisava de um símbolo, de uma
imagem, e assim foi criada Marianne, a personificação da república.”
Na antiguidade era comum representar
ideais, fenômenos e entidades abstratas, em deuses, deusas e personificações
alegóricas, esta prática foi menos comum na idade média, mas ressurgiu durante
o renascimento.
Historiadores dizem que a razão pela qual
foi escolhida uma mulher para representar a república, foi que uma alegoria
feminina simbolizava uma ruptura com o antigo regime autocrático chefiado por
homens.
A origem do nome é um pouco incerta, mas
muitos dizem que se trata da junção dos dois nomes femininos mais comuns na
França: Mari e Anne.
Quando a França resolveu presentear os EUA
em comemoração aos seus 100 anos de declaração de independência, fez isso
através da Estátua da Liberdade: uma versão maçônica de Marianne, feita pelo
maçom Frederic Auguste. Não demorou para que Marianne se tornasse alegoria da
República em todo o Ocidente, incluindo, é claro, o Brasil.
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