O Grito do Ipiranga
O Grito do Ipiranga de Pedro Américo
Pedro
Américo de Figueiredo e Melo (*29/04/1843. Areia, Paraíba +7/10/1905, Florença, Itália)
tinha apenas 10 anos quando foi escolhido como desenhista da missão científica
do naturalista francês Louis Jacques Brunet, para estudar a flora e a fauna do
Nordeste do Brasil.
Depois de se formar em Belas Artes no Rio
de Janeiro, Pedro Américo obteve uma bolsa de estudos dada pelo imperador Pedro
II e foi para a Escola de Belas Artes em Paris, na França, onde aperfeiçoou seu
estilo com os pintores Jean-Auguste-Dominique Ingres e Horace Vernet.
Na capital francesa, cursou filosofia e
literatura na Universidade Sorbonne, além de iniciar o estudo da física no
Instituto Ganot. Também escreveu poemas, estudos e romances. Seu ensaio sobre a
"Refutação da Vida de Jesus por Renan" valeu-lhe a comenda papal da
Ordem do Santo Sepulcro. Entre suas obras literárias e filosóficas, destacam-se
"A Reforma da Academia de Belas Artes de Paris", "Discursos
sobre a Estética e Ciência e os Sistemas".
Obteve o doutorado em ciências físicas em
Bruxelas, na Bélgica. Antes de voltar ao Brasil, passou por Lisboa, onde se
casou com a filha do Conde de Porto Alegre. No Rio, tornou-se professor de
desenho da Academia Imperial de Belas Artes. A seguir, ganhou a cátedra de
história da arte, estética e arqueologia - esta última uma paixão do imperador
Pedro II.
Américo foi um entusiasta da pintura
histórica. Tinha 43 anos quando assinou um contrato com o governo do estado de
São Paulo, em 14 de julho de 1886, para pintar a "Proclamação da
Independência". Devia entregar a obra pronta em 1889, mas terminou um ano
antes. O trabalho foi todo feito em Florença, onde foi exposto, em abril de
1888, antes de ser entregue ao governo paulista, em 14 de julho daquele ano - é
a tela conhecida como "Grito do Ipiranga".
Pedro Américo
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