Venda de celulares com dois chips explode e operadoras dão o braço a torcer

          A história dos celulares com mais de um chip no Brasil começa na China e em lugares como Uruguaiana, no Rio de Janeiro, e na Santa Ifigênia, em São Paulo. Há anos, os celulares xing-lings com mais de um chip fazem sucesso. Com atraso, as fabricantes correram atrás do prejuízo. Resultado: em um ano, as vendas desse tipo de aparelho aumentaram 780%, e no Natal eles representaram mais de um quarto das vendas totais de celulares no país.
      A matéria da Folha revela que a demora das fabricantes em entrar no mercado dos aparelhos multichip tem culpado: as operadoras de telefonia, claro, não queriam que o formato se popularizasse, já que elas ganham bastante com a interconexão — quando um celular de uma operadora liga para outra operadora. Assim, em dezembro de 2010, apenas 21 aparelhos homologados pela Anatel estavam no mercado. Festa dos xing-lings. Já no último Natal, 94 modelos estavam disponíveis nas lojas, alguns custando até R$79. Se em 2010 os multichip representaram mínimos 2% do mercado total, em 2011, eles tiveram participação de 17%.
      A LG, por exemplo, contou para a Folha que os multichips já representam 20% das vendas totais da empresa no Brasil, e já lançou até um triplo SIM no mercado. Segundo levantamento do jornal, vale a pena ter um aparelho com dual chip para duas operadoras caso você fale no mínimo entre 9 a 10 minutos entre mais de uma operadora. Ficamos com pena dos guerreiros da Santa Ifigênia, que já tem que fazer de tudo para vender seus estranhos peixes, mas pelo menos as fabricantes abriram os olhos pro enorme mercado — a telefonia móvel pré-paga representa mais de 80% dos celulares brasileiros.

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