Skype pretende implementar videoconferências em 3D
O Skype está comemorando
seus dez anos de existência querendo deixar claro que está bastante disposto a
chegar aos vinte ou trinta. Em entrevista dada recentemente à BBC, Mark
Gillett, vice-presidente da companhia, revelou que um dos planos futuros do
serviço é a disponibilização de chamadas de vídeo em 3D.
O executivo explicou que a empresa vem
realizando há algum tempo testes em laboratório para avaliar a capacidade de
telas e câmeras 3D. Os resultados, até agora, são animadores, mas a empresa
reconhece que ainda há um caminho muito longo a ser trilhado para que
videoconferências em 3D sejam viáveis.
Gillett explicou que, se por um lado houve
um grande avanço em relação às tela 3D, o mesmo não se pode afirmar sobre as
câmeras com este recurso. O que ele quer dizer é que, atualmente, é muito mais
fácil encontrar alguém que tenha uma TV 3D do que uma câmera com esta
capacidade.
O problema é muito mais contextual do que
tecnológico. Gillett disse que o Skype já tem tecnologia para transmissões 3D e
sabe fazê-la funcionar, apesar de alguma complexidade envolvendo as câmeras. O
problema é que, para a maioria dos potenciais consumidores, imagens
tridimensionais não são interessantes. É por isso que redes como ESPN e a
própria BBC decidiram dar um tempo para este tipo de tecnologia em suas
transmissões.
O que se entende desta história toda é
que, quando o interesse por vídeo 3D aumentar, o Skype estará pronto para
aproveitar esta demanda. Ou ao menos espera estar.
Além de videochamadas em 3D, o futuro pode
reservar também algo que lembra hologramas. Um dos vários projetos em andamento
na Microsoft Research é uma tecnologia denominada Viewport que possibilitaria
ao Skype capturar o rosto de cada participante de uma conversa por meio de
várias câmeras para então criar uma sala virtual de reunião, por exemplo.
Mas, por ora, a empresa se contenta com os
seus dez anos e os números nada humildes conquistados durante este período:
mais de 300 milhões de usuários no mundo todo, 1,4 trilhão de minutos de
chamadas via vídeo ou voz e, no meio do caminho, 8,5 bilhões de dólares que a
tornaram propriedade da Microsoft.
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