Morre Ray Dolby, o inovador do som no cinema
O fundador da Dolby
Laboratories, Ray Dolby, morreu na sexta-feira,13/09, em São Francisco aos 80 anos. Ele será
lembrado como o homem que tornou o áudio em filmes espetacular tal qual ele é
hoje. Sua tecnologia é usada basicamente em todos os filmes produzidos nos EUA.
Dolby nasceu em Portland, Oregon, em 1933.
Formou-se bacharel em engenharia em Stanford, em 1957, e mudou-se para a
Inglaterra, onde fez doutorado em Física em Cambridge, em 1961. Em 1964, ele
fundo a Dolby Labs. Os trabalhos iniciais da empresa focavam em um sistema de
redução de ruído profissional para gravações de áudio em fitas magnéticas. Essa
tecnologia teve um grande impacto nos sons que as pessoas ouviam o tempo todo,
mas sem muita demora, seu nome passaria a constar nos créditos de todos os
filmes de uma maneira inesquecível.
Nos anos 1970, a Dolby Labs desenvolveu um
sistema analógico para a execução de playbacks multi-canais em filmes, chamado
Dolby Stereo. A chave para a inovação era o acréscimo de faixas central e
circulares às fitas de som dos filmes, que poderiam ser tocadas em acréscimo ao
mix stereo tradicional, caso o cinema fose equipado apropriadamente. Hoje, ele
provavelmente era mais conhecido pela versão doméstica da tecnologia, o Dolby
Surround, apresentada em 1982.
Nos últimos anos, as inovações da Dolby
Labs migraram para o universo de uns e zeros. O Dolby Digital incorpora uma
série de codecs para áudio digital que são usados para tudo, de Blu-ray ao
Netflix. É praticamente impossível criar um produto maior que um smartphone sem
um decodificador Dolby Digital.
Ano passado, Dolby apresentou o Atmos, uma
tecnologia de áudio imersivo para cinemas inacreditável, que permite aos
mixadores direcionar “elementos” de áudio a caixas individuais na sala de
cinema. O sistema está sendo adotado com velocidade em cinemas do mundo inteiro
e, hoje, praticamente todo blackbuster tem um mixador de som Dolby Atmos.
O nome de Dolby não é apenas um dos mais
reconhecíveis do universo cinematográfico — é um dos mais importantes da
história da sétima arte.
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