iPhone 5s vem com sensor de impressão digital
Como esperado, o iPhone 5s trouxe um
sensor de impressões digitais integrado ao botão Home. Ele se chama Touch ID e
promete tornar mais prático o desbloqueio da tela e a compra de aplicativos: em
vez de digitar senhas, basta aproximar o dedo para confirmar sua identidade.
Mas em épocas de espionagem do governo americano, é claro que o recurso geraria
muitas dúvidas. A Apple veio a público esclarecer algumas delas.
O sensor Touch ID possui definição de 500
ppi e, como é capaz de ler sua impressão digital em 360º, não é necessário se
preocupar em posicionar o dedo de uma maneira específica. Também não é preciso
deslizar o dedo, como acontecia no Motorola Atrix e outros sensores, basta
aproximá-lo: o anel metálico, em volta do botão Home, detecta que você está com
o dedo sobre ele e avisa o sensor.
Como o sistema é capaz de armazenar
múltiplas impressões digitais, é possível usar qualquer dedo, inclusive de
outra pessoa, para desbloquear o aparelho, desde que ele tenha sido cadastrado
previamente. Se o sensor falhar ou você machucar seu dedo, ainda será possível
acessar o aparelho: todos que usarem o Touch ID precisam configurar uma senha
alternativa.
Sua impressão digital serve para
desbloquear o iPhone, mas não apenas isso: ela também poderá ser usada na
iTunes Store, na App Store e na iBooks Store, assim, não será necessário
digitar a senha para confirmar compras de músicas, aplicativos ou livros. No
entanto, a Apple não está disponibilizando APIs para os desenvolvedores, logo,
o uso do Touch ID inicialmente ficará restrito aos aplicativos do sistema, o
que é uma pena.
Ao Wall Street Journal, um porta-voz da
Apple esclareceu algumas dúvidas de segurança do Touch ID.
A primeira característica é que o iPhone
5s na verdade não armazena toda a sua impressão digital: ela guarda apenas
“dados da sua impressão digital” de maneira criptografada em uma área do chip
A7. Na teoria, isso torna impossível que alguém (como o Obama) descubra as suas
impressões digitais através de engenharia reversa. A Apple promete que esses
dados não são enviados para nenhum servidor remoto, nem mesmo para o iCloud.
Para evitar que pessoas mal-intencionadas
tentem quebrar a proteção do Touch ID, a Apple adicionou uma camada de
segurança extra no iOS: se o iPhone 5s tiver sido reiniciado ou estiver há mais
de 48 horas sem ser desbloqueado, será possível apenas usar a senha
alternativa, não o dedo, para acessar o aparelho.
Segundo o porta-voz da Apple, o Touch ID
pode não funcionar corretamente quando o dedo estiver suado ou coberto com
outro tipo de líquido. E, felizmente, sensores modernos também checam por
sinais de vida, então, se um ladrão quiser cortar seu dedo para desbloquear seu
iPhone 5s, avise a ele que um dedo morto não será validado pelo Touch ID.
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