IBM cria chip mais com um milhão de neurônios


     Em uma combinação de neurociência e computação, a IBM criou um novo chip com um milhão de neurônios, o que faz dele o mais próximo de um cérebro humano já criado. O TrueNorth, como é chamado, é do tamanho de um selo postal e gasta 70 miliwatts de energia, quantidade inferior a usada em um aparelho auditivo.
     Dharmendra S. Modha, chefe do programa de computação, fez questão de frisar em comunicado que não foi construída uma máquina idêntica ao cérebro humano e, sim, um computador inspirado nele. Vale lembrar que o principal órgão do sistema nervoso possui cerca de 86 bilhões de neurônios, contra um milhão do chip da IBM.
     Isso não diminui a importância da novidade. Para se ter uma ideia do salto tecnológico representado pelo TrueNorth, segunda geração deste tipo de chip da IBM, basta saber que a primeira versão possuía apenas 256 neurônios. Ainda comparando os dois, enquanto o primeiro chip realizava 262.144 sinapses por segundo e tinha um único núcleo neuro-sináptico, o atual faz 256 milhões de sinapses em 4.096 núcleos.
     A distância entre o desenvolvimento dos chips é de menos de uma década. Fazendo uma projeção apenas com base nos números, em tese, seria possível construir computadores tão poderosos quanto o cérebro humano até 2020. Mas na prática a IBM trabalha com metas menos ambiciosas: a empresa espera construir um sistema de chip neuro-sináptico com dez bilhões de neurônios que não seja maior do que uma garrafa de refrigerante de dois litros. E isso é um objetivo de longo prazo.
     As melhorias apresentadas ajudarão no desenvolvimento de ferramentas baseadas no sistema nervoso, como, por exemplo, óculos especiais que podem ajudar pessoas cegas a enxergar. “Estes chips podem transformar a mobilidade através de aplicações sensoriais e inteligentes que cabem na palma da sua mão, mas sem a necessidade para Wi-Fi”, apontou Modha.
     Outro entusiasta é Shawn Han, vice-presidente da Fundação de Marketing da Samsung, que apoia o projeto financiado pelo programa SyNAPSE, da DARPA. “Este é um grande avanço arquitetônico, que é essencial na medida em que a indústria se move em direção à próxima geração de armazenamento na nuvem e de grandes processamentos de dados”, declarou Han em comunicado.




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