Um bom filme para ver
Assisti ao filme “O Amante
da Rainha” (A Royal Affair) no final de semana passado. Gostei bastante e trago para
vocês a crítica do blog Zukino, sobre o filme.
"O
romance épico A Royal Affair (En Kongelig Affære) (O Amante da Rainha) promete
ser um dos maiores sucessos no cinema dinamarquês de todos os tempos, tanto no
circuito interno de cinema quanto no exterior. Produzido pela Zentropa, o filme
de Nikolaj Arcels recebeu dois ursos de prata no 63º Festival de Berlim, em
fevereiro, e já foi exibido para 4,4 milhões de espectadores desde a estreia,
em 29 de março.
Adaptado do romance de Bodil Steensen-Leth,
A Royal Affair traz ao público um pouco da História da Dinamarca por meio de um
triângulo amoroso provocante e proibido que mudou toda uma nação – um drama
sobre os idealistas corajosos que lutaram pela liberdade do povo dinamarquês e
para isso arriscaram tudo. No final de 1760, Caroline Mathilde (Alicia
Vikander), rainha da Dinamarca de origem inglesa, casou-se com seu primo, rei
Christian VII (Mikkel Boe Følsgaard), cujos problemas mentais e a não assumida
homossexualidade o levaram pouco a pouco a se afastar do poder. Seu médico, o
alemão Johann Friedrich Struensee (Mads Mikkelsen) entra na cena política e na
alcova do reino, tomando o poder do rei e se tornando amante da rainha. É uma
história de conclusão trágica, mas que mostra como Struensee usou sua
influência sobre o reino da Dinamarca para torná-la livre dos arcaísmos cruéis
medievais e trazê-la para a era do Iluminismo.
A Royal Affair já foi vendido a 79 países.
A distribuidora TrustNordisk só tem a comemorar com os resultados do filme no
mercado escandinavo e os pedidos de cessão de direitos para exibição que não
param de chegar de todas as partes do mundo. Rapidamente, todos os grandes
distribuidores de países de língua inglesa sacaram os talões de cheques para
garantir a compra do filme. A Royal Affair também já foi vendido a
distribuidoras da Turquia, China, Alemanha (MFA), Áustria (Filmladen ), Espanha
(Golem), Suíça (Film Elite), China, Japão, Rússia, Cuba e a quase toda a Europa
Oriental, como Polônia, Eslováquia, República Checa, Estônia, Romênia e
Lituânia.
O número de espectadores de A Royal Affair
já aponta um desempenho melhor que o de qualquer outro filme dinamarquês do ano
passado: em uma única semana de exibição, foi visto por mais de 110.000
pessoas. Há certeza de que supere com folga Hævnen (In a Better World), de
Susanne Bier, que recebeu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2011 e fechou
as exibições com 450.000 bilhetes vendidos na Dinamarca.
Críticas e cinta-liga - Triângulos
amorosos têm força para causar polêmicas, inflamar paixões e instaurar dúvidas
sobre a instituição monogâmica. Além de contar uma história apaixonante, A
Royal Affair tem sido muito elogiado pelo roteiro fortemente estruturado pelas
atuações impecáveis dos atores. “Especialmente Mikkel Boe Følsgaard é notável
em um papel muito difícil. Ele joga com o equilíbrio entre o mental e momentos
de absoluta clareza e elegância finamente dosados. Em última análise, ele torna
Christian VII humano”, escreve o crítico Jacob Wendt Jensen, do jornal
Berlingske.
A história ganha ainda mais vida através
de documentos e objetos de época, como o conjunto de cinta-liga que Struensee
deu de presente à Caroline Mathilda, o qual foi apresentado como prova contra
ele em seu julgamento, que ao fim o condenou à morte. A equipe leu pelo menos
sete livros que narram o fato histórico, todos repletos de controvérsias e
pontos de vista divergentes. Ao final, conseguiram um roteiro equilibrado, sem
caricaturizar os papéis.
No Festival de Berlim, Nikolaj Arcel e
Rasmus Heisterberg levaram o Urso de Prata de Melhor Roteiro e Mikkel Boe
Følsgaard, que desempenha o papel do rei Christian VII, recebeu o Urso de Prata
de Melhor Ator. O roteiro recebeu supervisão do diretor Lars Von Trier. Nikolaj
Arcel e Rasmus Heisterberg já haviam obtido sucesso internacional com o roteiro
do thriller The Girl With the Dragon Tattoo, o primeiro filme da série
Millenium.
Segundo Rikke Ennis, CEO de vendas da
Trust Nordisk, A Royal Affair tem potencial pleno para atingir popularidade
internacional graças ao elenco, em especial ao desempenho de Mads Mikkelsen, e
em parte pela verdadeira grandeza do filme, que toca em dois pontos caros aos
nórdicos: a invasão do Cristianismo e a liberdade, igualitária e fraterna. “É a
primeira vez que a Dinamarca faz este tipo de épico, e que pode competir à
altura com os grandes filmes de época americanos e franceses. Mas a verdadeira
história por si só também vende o filme realmente bem”, disse ao jornal
Politiken.
A expectativa é de que A Royal Affair seja
lançado em 2013 em todos os países que compraram os direitos de exibição".
Comentários