TV paga está perdendo espaço para programação via internet
Acendeu o farol amarelo do
setor televisivo quando o Google apresentou o Chromecast e, à medida que surgem
informações sobre mais parcerias conquistadas pela empresa, a situação se
agrava. Mas se engana quem imagina que o dispositivo da gigante de buscas foi o
primeiro a ameaçar empresas de TV paga.
Há anos o movimento de descentralização do
conteúdo vem sendo fortalecido com a expansão da internet, e isso não é bom
para as operadoras de TV paga (no Brasil, nomes como Net, Sky etc.), já que seu
modelo de negócios obriga clientes a comprarem canais desinteressantes junto
aos que realmente querem.
As locadoras virtuais surgiram entre os
principais combatentes dessa situação, porque deram ao cliente a possibilidade
de assistir ao que quiser, na hora em que quiser. Depois de derrubar gigantes
do mercado físico como a Blockbuster, elas fomentaram o mercado de streaming e
agora existe um jeito completamente reestruturado de se consumir
entretenimento. É nesse contexto que surge o Chromecast, só que ele pegou o bonde
andando.
Estão disponíveis no Brasil vários
serviços para aquisição de conteúdo de forma virtual, seja por streaming ou
download. Os principais são Netflix, NetMovies, YouTube, Google Play e iTunes,
com preços que não passam de R$ 20 ao mês (no caso das locadoras) ou cerca de
R$ 10 por filme.
Você até pode optar por fechar pacotes de
TV paga e, ainda assim, escolher a hora exata em que verá seus filmes e
seriados preferidos. Precisa, para isso, assinar um serviço como HBO Go, Net
Now, Telecine On Demand, entre outros. A Globo possui um produto só dela, o
Muu, pelo qual dá para acompanhar o que sai nos canais Globosat (GNT,
Multishow, Off, Gloob, Universal etc.).
Até as lojas virtuais Saraiva e Submarino
vendem ou alugam filmes e séries pela internet.
O diferencial do Chromecast é o fato de
que ele tentará levar todos esses produtos para a televisão sem sequer
necessitar de cabos para isso, e por um preço aparentemente baixo (afinal, não
se sabe nem se ele chegará ao Brasil).
É claro que a ideia de material "sob
demanda" nem de perto pode ser considerada nova - e o Pay-per-view está aí
para provar isso -, a novidade é que agora você pode dispensar até mesmo a
televisão para consumir conteúdo. Computadores, sejam PCs ou laptops, tablets e
celulares passaram a atuar como transmissores.
Blu-ray players e consoles como
PlayStation 3 e Xbox 360 também dão acesso a meios alternativos - o que tende a
aumentar com o PS4 e o Xbox One, uma vez que Sony e Microsoft transformaram os
aparelhos em centrais de mídia. Há ainda as set-top boxes como Apple TV, Boxee,
Google TV... uma infinidade de opções para quem quer fugir dos pacotes da TV
paga.
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