Finalmente a CIA admite a existência da Área 51
A famigerada Área 51 existe
sim, mas ela não funciona como espaço para pesquisas alienígenas, conforme
sugerido por produções como o seriado norte-americano Arquivo X e o filme
hollywoodiano Independence Day. Pelo menos não oficialmente.
Pela primeira vez em mais de 60 anos de especulações
- que chegaram a gerar uma cultura nos Estados Unidos - a CIA enfim reconheceu
a existência de uma base com este nome. Fica em Nevada, onde por décadas o
governo escondeu um programa de espionagem aérea.
A informação consta em um documento de 407
páginas tornado público pelo departamento de arquivos de segurança nacional da
Universidade George Washington, conforme noticia o Atlantic Wire.
A Área 51 surgiu cerca de dez anos após o
término da Segunda Guerra Mundial, por decreto do então presidente Dwight D.
Eisenhower. A ideia era apenas construir aeronaves não tripuladas capazes de
fotografar alvos a longas distâncias. A Força Aérea e a Lockhead, então,
desenvolveram uma embarcação que podia equipar câmeras de alta resolução e
deram a ela o nome de U-2.
Só que eles precisavam de um lugar para
guardar o U-2, e foi em meio às buscas que encontraram uma antiga pista próxima
ao lago Groom que fora usada na Segunda Guerra por pilotos da artilharia.
O nome Área 51 já existia, porque é como a
região era identificada pela Comissão de Energia Atômica (AEC), a quem tudo
aquilo pertencia. Até tentaram mudar isso para atrair os trabalhadores,
chamando o local de Paradise Ranch (depois ficou apenas "o rancho"),
mas a cultura preferiu se apropriar de Área 51.
O presidente do órgão, Lewis Strauss,
atendeu a pedidos da CIA e manteve a área como investimento imobiliário para
que pudesse ser usada sem gerar desconfiança - era, para todos os efeitos, um
terreno baldio que até hoje aparece como um retângulo no mapa.
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