Soldados americanos deverão usar armaduras do Homem de Ferro


    Os Estados Unidos parecem mesmo determinados a complicar a vida de seus inimigos. Nesta semana, as forças armadas especiais do país (USSOCOM) apresentaram mais detalhes do projeto TALOS (Tactical Assault Light Operator Suit), um traje de guerra capaz de transformar o combatente em um “super-soldado”.
     A novidade será capaz de oferecer visão noturna, maior proteção contra rajadas de balas e, graças a uma estrutura hidráulica no exoesqueleto, até mesmo força física adicional. O traje também terá sensores para monitorar os sinais vitais do militar – temperatura, batimentos cardíacos, pressão sanguínea, entre outros – e responder a qualquer anormalidade, fornecendo mais oxigênio ou o medicamento conveniente, por exemplo.
     Este controle todo será feito a partir de computadores embutidos no traje, que poderão ficar inclusive responsáveis pelas comunicações do soldado com centrais operacionais e pela emissão de alertas.
     Mas não há dúvidas de que a característica mais incrível do TALOS será o seu revestimento. Tendo como base uma tecnologia que está sendo desenvolvida no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), a armadura terá em sua composição um material capaz de passar do estado líquido para o sólido em questão de milissegundos mediante estímulo elétrico ou magnético. Na teoria, isso significa que partes do traje serão capazes de se “regenerar” sozinhas instantes após o impacto de uma bala.
     O TALOS ainda é um projeto em fase embrionária, mas se vingar, estará assustadoramente perto da armadura do Iron Man. As chances do projeto sair do papel são grandes, é bom ressaltar: a USSOCOM espera que o primeiro protótipo usável apareça dentro dos próximos três anos.
     Diante da inevitável comparação, Bill McRaven, o almirante responsável por apresentar o projeto, revelou que a ideia não tem inspiração alguma no personagem, citando inclusive que a armadura não é capaz de voar. A ideia, segundo o militar, surgiu após as mortes de soldados norte-americanos no Afeganistão. Mesmo assim, como não lembrar do velho ditado “a vida imita a arte”?



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