Cientistas de Stanford criam o primeiro computador com transistores de carbono
Cientistas da Universidade
de Stanford, na Califórnia, revelaram terem construído o primeiro computador de
trabalho inteiramente fabricado a partir de transistores de nanotubo de
carbono. A invenção ainda está em fase inicial, mas já consegue rodar um sistema
operacional básico, executar cálculos e executar diferentes processos ao mesmo
tempo. O material é uma das grande apostas dos pesquisadores para substituir os
transistores de silício convencionais por serem menores, mais rápidos e mais
poderosos.
“Trata-se realmente de um computador, em
todos os sentidos da palavra. Isso mostra que é possível construir circuitos
úteis com nanotubos e eles serem fabricados de forma confiável”, afirmou o
estudante de doutorado de Engenharia Elétrica da universidade, Max Shulaker,
que liderou a construção do dispositivo.
Os nanotubos são cilindros perfeitos, sem
remendas, que possuem excelente performance na condução de eletricidade e
calor, assim como em absorver ou emitir luz. Se aperfeiçoada, a tecnologia
permitirá ao computador trabalhar mais rápido, com componentes menores e
gastando cerca de um décimo da energia usada hoje.
Mihail Roco, conselheiro sênior de
nanotecnologia da Fundação Nacional de Ciência (NSF, na sigla inglesa), que
ajudou a financiar o trabalho, diz que o computador nanotubo dá “um importante
passo científico”. Quem concorda com a afirmação é o diretor de ciências
físicas da IBM, Supratik Guha, que acredita que o nanotubo de carbono é o mais
promissor dos candidatos a suceder o silício.
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