Como funciona o Sistema de TV Digital do Brasil


     O Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (SBTVD-T) foi definido no dia 26 de Novembro de 2003, de acordo com o Decreto 4.901.  No Decreto 5.820, de 29 de Junho de 2006, adotou-se como base o padrão ISDB-T (Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial), que permite a transmissão de dados digitais em alta definição (HDTV) ou em definição padrão (SDTV). Consta no Decreto 5.820, ainda, a possibilidade de recepção do sinal digital em pontos fixos, móveis ou portáteis, bem como a interatividade.
     A primeira transmissão da TV Digital, entretanto, ocorreu no dia 2 de Dezembro de 2007 em um evento na cidade de São Paulo, com mais de dois mil convidados, o então Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, fez um pronunciamento para “inaugurar” o sinal digital em solo brasileiro. A partir disso, muitos esforços foram realizados para tornar o padrão digital cada vez mais popular.

Imagem da Rete TV em Full HD

     Assim, o modelo adotado no Brasil é conhecido como ISDB-TB, uma evolução do padrão japonês com adição de recursos desenvolvidos em centros de tecnologia e universidades brasileiras. Uma das principais diferenças entre o sistema japonês e o adotado no Brasil é o formato de compressão da imagem, que substituiu o MPEG-2 pelo MPEG-4/H.264.
     Dentre as especificações técnicas do padrão ISDB-TB, pode-se citar: transporte: MPEG-2 (transmissão terrestre de TV e Protocolo RTP para Internet – IPTV ), compressão de áudio: MPEG-4 AAC 2.0 ou 5.1 canais (depende do programa), compressão de vídeo: MPEG-4 AVC (H.264), HDTV: 1080i (1920 x 1080 pixels, formato 16:9), 720p (1280 x 720 pixels, formato 16:9), SDTV: 480i (720 x 480, formato 4:3), LDTV: 1SEG (320 x 240 pixels, formato 4:3 ou 320 x180 pixels, formato 16:9), middleware: Ginga, aplicações: EPG, t-GOV, t-COM e Internet.
     O middleware Ginga, especificado no SBTVD, é uma camada de software responsável por realizar a intermediação entre o sistema operacional e as aplicações desenvolvidas para a TV Digital. De forma resumida, Ginga é o método utilizado para dar suporte à interatividade. Com isso, seu papel é fornecer facilidades para que as aplicações desenvolvidas se tornem independentes do sistema operacional, além de facilitar o próprio desenvolvimento de aplicações que visam interatividade.

Imagem da Rede Bandeirantes em Full HD

     Por ser uma tecnologia brasileira de código aberto, desenvolvido pela Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o Ginga permite que desenvolvedores criem aplicações interativas de TV Digital para o público brasileiro. Por exemplo, pode-se citar: aplicações que permitem acesso fácil à informações de cada região, educação à distância, serviços sociais, enquetes, etc. Tudo isso através da própria TV.
     Com relação às aplicações, o EPG (Eletronic Programming Guide), por exemplo, é um guia que permite que o usuário visualize informações sobre a programação dos canais e, inclusive, agende a gravação de conteúdos.
     E agora? Bem, agora EU QUERO TV DIGITAL EM SOBRAL. EU QUERO TORCER EM FULL HD.

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