Polícia alemã vai testar armas impressas em impressora 3D
Quando Cody Wilson liberou
os esquemas da Liberator, a primeira arma produzida por uma impressora 3D houve
uma fuzarca daquelas, onde os histéricos diziam que todo mundo produziria suas
armas em casa, teve um maluco que tentou criar munição de plástico com
resultados pífios, e no fim das contas o Departamento de Estado exigiu que a
Defense Distributed retirasse os esquemas de seu site, assim como determinou
que eles fossem eliminados da internet (risos. Muitos risos). Tentaram
inclusive regular a venda de impressoras 3D, para se ter uma ideia.
No fim é uma preocupação infundada:
primeiro, não é todo mundo que tem acesso a uma impressora 3D de 8 mil dólares
igual a que Wilson usou. Segundo, os resultados dessas armas não são tão letais
e a precisão é risível, algo que um outro técnico resolveu com um projeto mais
barato. Terceiro, armas não são de plástico pela simples questão de
resistência, o cano da Liberator tende a explodir após um ou dois disparos,
tornando-a praticamente inútil. Ela é perigosa por existir, não por funcionar.
Agora a polícia alemã vai testar os
esquemas da Liberator. A Bundeskriminalamt (BKA, Polícia Federal Criminal) e a
Bundespolizei (BPOL, a Polícia Federal) adquiriram uma impressora 3D e vão
avaliar se as armas impressas representam um perigo imediato ou são apenas
pouca coisa mais perigosas que um estilingue.
Essa preocupação é legítima, mas há um
interesse próprio aí: caso sejam eficazes, os alemães pretendem produzir armas
para uso das forças policiais. Eles estão mantendo contato com a força policial
de New South Wales, Austrália, que imprimiu uma Liberator e testou, com
resultados explosivos.
Ainda que não dê em nada, é papel da
polícia avaliar se essas armas são perigosas ou não, pois da mesma forma que
elas podem armar um cidadão de bem que quer se proteger, ela pode acabar nas
mãos de um criminoso. Agora considerar a polícia usar essas armas? Eu acho que
não vai dar pé.
Fonte: PopSci.
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