Pesquisa: 17% dos britânicos aprovam o robossexualismo
Cada vez mais as pessoas
esquecem que Deus fez Adão e Eva, não Adão e Eve Online. Por isso os números já
assustadores de americanos — 9% — que embarcariam nas abomináveis práticas
robossexuais.
Esse pessoal deveria estar fazendo sexo
com qualquer criatura vacinada maior de idade, bananeiras e objetos inanimados
– incluindo realdolls e orient-dolls, como humanos normais, se mantendo na
linha da virtude. Mas não. Especulam, cogitam e imaginam o profano contato
sexual entre humano e máquina com inteligência artificial.
A Inglaterra sempre teve tendências
robossexuais. Dizem que Alan Turing mantinha relações antinaturais com o
Colossus. Não o X-Men, mas o computador que usavam para decodificar as
transmissões nazistas. Agora uma pesquisa da Universidade de Middlesex,
envolvendo 2.000 pessoas revelou que nada menos que 17% estariam dispostos a
fazer sexo com um androide. O que é decepcionante. Se ao menos fosse um iPhone…
O curioso é que a mesma pesquisa
demonstrou que 41% dos entrevistados consideram a ideia de sexo com robôs
“desagradável”, e 14% acham que robôs sequer devem ser usados com esse
propósito. Ninguém perguntou a opinião dos robôs.
Ao mesmo tempo 50% das mulheres utilizam
brinquedos sexuais sozinhas. 81% levam esses brinquedos para a cama do casal.
(Fonte: Cosmo). É uma indústria imune à recessão, entre dildos, vibradores,
fleshlights e similares humanos fazem sexo com todo tipo de máquina. Qual o
motivo da robofobia então?
Uma possibilidade é que robôs, com
inteligência e capacidade de interação seriam intimidantes. Quem já começou um
canguru perneta, para no meio reparar que o gato está em cima da cômoda,
olhando com ar de reprovação sabe o que é isso. Uma coisa é uma fleshlight,
outra é uma roboa que fala, pensa e reage a estímulos externos. Toda a insegurança
de se relacionar com humanos normais, que fez o sujeito procurar o
robossexualismo em primeiro lugar, volta.
Conhecendo nossa espécie, não duvido nada
que sobre para os robôs. Não deixa de haver precedente, afinal o Bom Livro, em
Lv 20:16 instrui que se uma mulher mantiver relações com um animal, ambos devem
ser mortos. A mulher eu entendo, ficha suja, maçã, etc, mas o pobre bicho?
O robô vai rodar da mesma forma, talvez
uma alternativa seja incluir uma nova Lei da Robótica, dizendo que um robô não
fornicará com um humano, mesmo quando solicitado.
Essa trupe de humanos apaixonados por
robôs, ou por alienígenas é um velho recurso da ficção científica para discutir
assuntos então desconfortáveis. Alguns escritores, como Arthur Clarke,
introduziam personagens gays de forma sutil, tão natural que muitos leitores
nem percebiam. Outros autores preferiam a metáfora, Star Trek é cheio de
humanos e aliens sofrendo preconceito.
Um dia a metáfora tornar-se-á um
“problema” real, pois se as nossas máquinas se tornarem inteligentes, que
direito teremos de restringir outras pessoas de desenvolver sentimentos por
elas? Não precisa nem ser uma Siri com a voz da Scarlett Johansson.
Talvez essa discussão toda seja
irrelevante. É mais provável que no dia em que robôs desenvolvam consciência,
entendam o mundo à sua volta e tudo que o Homem fez com seus semelhantes,
robóticos ou não, a última coisa que um robô vá querer é manter contato íntimo
conosco.
Não teremos chance de exercer nossa
robofobia, seremos antes alvo — justificado — de misantropia.
Fonte: CBS
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