Adolescente canadense cria novo teste de HIV mais rápido e mais barato


      Uma estudante de 15 anos desenvolveu um novo método para detectar a presença do HIV, rápido e quase tão simples quanto um desses testes de gravidez vendidos em farmácias.
     A maioria dos casos de infecção por HIV ainda acontecem em regiões pobres do planeta, onde os exames são difíceis e caros de conseguir; e quanto mais rápido é detectada a doença, mais efetivos os resultados no tratamento com antirretrovirais.
     Nicole Ticea é aluna da York House School, uma escola particular para garotas, de Vancouver, Canadá.
     O exame que ela desenvolveu foi criado como parte do programa de colaboração com a Universidade Simon Fraser e baseia-se na amplificação isotérmica do ácido nucleico. Isso permite que o exame seja feito com uma gota de sangue em um chip, e o resultado é quase imediato.
     O exame ainda está longe de ter seu uso comercial liberado, ainda é preciso passar por vários processos para ter sua efetividade totalmente comprovada. Mecanismos semelhantes já existem, mas nenhum é 100% efetivo, o que leva à necessidade de utilizar duas técnicas diferentes. É nesse contexto que se encaixa o trabalho de Ticea.
     Ela utilizou técnicas que já são bem-sucedidas na detecção de outras infecções virais e as aplicou em seu exame de HIV pela primeira vez. Ao invés de procurar por anticorpos, que só surgem depois que o corpo começa a reagir contra a infecção, o dela “amplia” o vírus. Isso reduz a janela de tempo necessária para detectar a doença.
     Os testes atuais baseados na ampliação do vírus são caros e demorados.
     O projeto de Ticea ganhou o primeiro lugar no Desafio BioGENEius Regional de Columbia 2014. Esse concurso é voltado para estudantes do ensino médio e focado em projetos de biotecnologia.
     O desafio reúne alunos com professores e acadêmicos da universidade, no caso de Ticea o Professor Assistente Mark Brockman e o aluno de graduação Gursev Anmole, que auxiliaram a refinar seu trabalho.
     O trabalho agora vai para a final nacional, de onde sairão dois vencedores para a final mundial em San Diego, em junho próximo. Ele também é um dos doze competidores na Feira Internacional de Ciência e Engenharia da Intel, que começou na última semana.

Fonte: IFL Science

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