Energia do espaço


     O Japão anda atrás de soluções alternativas de energia depois do acidente de Fukushima, em função disso resolveram literalmente mandar uma usina de produção de energia para o espaço.
     A ideia não é nova, vem dos anos 60: painéis solares enviando energia para a terra; com o desenvolvimento de materiais leves e resistentes, robôs auto-montáveis, painéis solares mais eficientes e lançamentos mais baratos para o espaço, tudo se tornou mais próximo do executável.
     A JAXA, sigla para Agência de Exploração Aeroespacial Japonesa, anunciou que pretende colocar uma usina de geração de energia solar em órbita em 2025.
     O projeto é digno da ficção científica. Uma usina (ou satélite) em órbita da Terra a 38 mil quilômetros de altura com vários quilômetros de comprimento, mais de 10 mil toneladas e coberta de painéis solares armazenando energia.
     A estação solar é atrelada a uma “ponte” com uma base com cabos de 9 km de comprimento. A função da mesma é dar um contraponto gravitacional para manter o satélite em sincronia com a rotação da terra, em um ponto geoestacionário fixo.
     Como a rotação da Terra não permite a recepção dos raios solares o tempo inteiro, espelhos foram adicionados ao projeto para refleti-los no painel 24 horas por dia.
     O plano é converter a energia solar coletada em microondas que serão emitidas para um receptor no solo e então convertidas em eletricidade.
     A usina terá capacidade de gerar 1 GW de energia, equivalente a uma usina atômica. Painéis solares são dez vezes mais eficientes no espaço, então o potencial é grande.

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