Como escolher minha nova TV?


      TV nova é uma das coisas mais gostosas e emocionantes de se comprar. A sensação de tirar o aparelho da caixa, ligar todos os conectores e fazer a mágica acontecer diverte tanto hoje quanto fazia tempos atrás, quando ele era realmente considerado algo de outro mundo. Só que esta é uma tarefa que levanta muitas dúvidas e parece uma sopa de letrinhas.
      LCD, LED, FULL HD, DTV, HDMI, 4K, SMART. É muita tecnologia e muito mais termos técnicos. Vamos ajudá-lo a desvendá-la para que a sua decisão possa ser a mais acertada possível.
LCD e outras siglas
LCD – No Liquid Crystal Display (Tela de Cristal Líquido), as imagens são geradas por pequenos pontos coloridos que são iluminados por trás, por meio de uma lâmpada fluorescente (CCFL) ou, mais recentemente, por LEDs brancos. Se comparadas com a tecnologia de tubo de imagem ou plasma, as TVs de LCD oferecem uma economia significativa de energia e têm uma vida útil de cerca de 20 anos (algo em torno de 60 mil horas de uso).
     Uma coisa interessante a se observar é a quantidade de pixels que um aparelho LCD Full HD oferece (1.920 X 1.080, por exemplo). É ela que determina o quão detalhada será a imagem da sua telinha.
     IPS (In-plane switching) — É uma variação da tecnologia LCD onde os elementos de cristal líquido do seu painel são alinhados horizontalmente, ao contrário do sistema mais convencional conhecido como VA (Vertical Alignment). E por causa disso ele oferece características muito interessantes, como suporte para taxa de atualização de até 240 Hz (contra 60~75 Hz dos LCDs convencionais), maior ângulo de visão (178° contra 160°) o que permite uma boa imagem mesmo estando meio de lado da tela. É considerado nos dias de hoje, uma tecnologia melhor que o LCD de linha.
     Outra característica notável do IPS é sua maior resistência à pressão sem gerar aquele efeito fantasma na tela, algo interessante quando começamos a falar de telas sensíveis ao toque.
LCD LED – Boa parte das TVs LCD mais modernas são iluminadas por LEDs em vez das lâmpadas CCFL que ainda estão presentes nos modelos mais simples de baixo custo. Uma das vantagens do sistema de LED é que os emissores de luz podem ser espalhados por toda a tela e não apenas nas bordas (caso do CCFL). Isso permite que o nível de iluminação da tela seja mais uniforme, mas que pode variar de acordo com a formação da imagem (chegando até a apagar na hora de apresentar tons de preto) o que resulta em cores mais vivas e de altíssimo contraste – além de consumir menos energia.
DTV – Também conhecido como SBTVD é o Sistema Brasileiro de TV Digital, que de uns anos para cá é padrão nos aparelhos fabricados no Brasil. Na prática, significa que você poderá assistir à programação dos canais abertos brasileiros em alta definição (HD 480p/720p/1080i), sem sombras, chuviscos e com mais detalhes. Esse sistema não tem nada a ver com os pacotes em alta definição das TVs por assinatura, que usam o sistema de Full HD (1080p). Observe que para sintonizar os canais abertos de TV digital é preciso ligá-la a uma antena UHF.
GINGA —  É um recurso de interatividade que é parte integrante do sistema de TV digital Brasileiro. Concebido numa época em que muita gente nem tinha PC em casa, a ideia por trás do Ginga era de oferecer produtos e serviços para o usuário — como por exemplo, marcar uma consulta num hospital público — cujo canal de retorno é feito pela internet.
    Observamos porém, que essa tecnologia não deve ser confundida com a Smart TV, já que o Ginga se comporta mais como um terminal ligado a um provedor de serviços (cujo conteúdo é fornecido pela emissora de TV) enquanto que as Smart TVs funcionam de uma maneira mais aberta e genérica, como se fosse um imenso smartphone/tablet rodando aplicativos e serviços (como Netflix) que você baixa da Internet.
HDMI – A High Definition Multimedia Interface ainda ocupa o posto de melhor conexão digital existente. Você precisa de apenas um cabo para transmitir áudio em multicanais e vídeo com resolução digital.
CVI Vídeo Componente – também é uma boa conexão para quem busca ótima qualidade de imagem analógica, mas os cabos de áudio e (branco e vermelho) e vídeo (verde, azul e vermelho) são separados.
DVI (Digital Visual Interface) – Foi o primeiro padrão de vídeo digital de fato a ser amplamente adotado pela indústria de PCs, mas que não foi bem aceito pelos fabricantes de eletrônicos de consumo porque no DVI não estava previsto o tráfego de áudio, problema por sinal que foi resolvido com a chegada do HDMI que é retrocompatível (a nível de vídeo) com o DVI.
Qualidade de Áudio e Vídeo
     A não ser que você vá montar um home theater em casa, um aparelho com Tweeters e Subwoofers, em adição aos alto-falantes convencionais, já é o suficiente para fazer um bom barulho. TVs modernas também contam com softwares para equalização e amplificação do som, o que significa que você pode assistir ao futebol com um sistema de áudio e àquele filme de guerra, com outro.
     Outra modernidade são os ajustes personalizados de áudio e vídeo. Nas TVs da Philips, por exemplo, você pode ajustar cores, resolução, contraste, graves e agudos usando seus olhos e ouvidos em um sistema de configuração que opõe versões diferentes do que está sendo ajustado para você escolher qual é o melhor para você.
     Uma boa dica para descobrir qual TV comprar em uma loja onde todas as imagens parecem iguais, é perguntar ao vendedor se estão todas ligadas à mesma fonte de conteúdo (DVD players da mesma marca e com a mesma configuração, por exemplo). Vale também conferir quais ajustes foram efetuados em cada uma delas.
     É bom prestar atenção na neutralidade das cores (é possível diferenciar o tom de pele das pessoas? a tonalidade do verde, do azul? se é por-do-sol ou nascer do sol?) e no brilho das imagens (quanto maior, melhor). Verifique também se, nas cenas de grande movimentação – uma perseguição, por exemplo, ou aquele lance rápido de um meio-campista – a imagem trepida ou não.
     Devo me preocupar em ter tecnologias 4K e estar 100% atualizado com o mais novo?
     Não, porque hoje ninguém – nem as emissoras abertas nem as TVs por assinatura – transmitem em resolução 4K (nem os jogos que vão começar!). E para ver algo com tantas linhas na tela é preciso um Blu-ray player que faça a conversão de filmes para ultradefinição ou uma assinatura de Netflix… nos Estados Unidos (por enquanto).
     Por enquanto, 4K vale mais a pena no escritório do que na sala. Quem sabe para o final do ano ou 2015, comece a valer a pena investir numa supertela dessas – quando os preços começarem a baixar também.
Mas… e o tamanho?
     Há uma resposta bem direta para essa dúvida: depende do tamanho do ambiente. Não adianta comprar uma TV gigante apenas porque você gosta/quer/cobiça se a sala onde ela será instalada é diminuta. Existe até uma fórmula matemática para isso. Não é preciso seguir ao pé da letra (claro, basta não exagerar). Mesmo porque nem sempre a conta vai resultar em um tamanho de aparelho existente no mercado.
HD (720p) – distância entre o sofá e a TV x 18
Full HD (1080p) – distância entre o sofá e a TV x 21
     Por essa regra, por exemplo, se a distância entre sofá e TV é de 2 metros e você for comprar uma TV com resolução de 720p, o tamanho ideal seria de 36″, mas você pode tranquilamente ir para uma de 39″ ou 40″. Mas se o aparelho for para o quarto ou para a cozinha, adote a teoria do “menos é mais” e aposte em um modelo de até 32″. Maior do que isso, só se esses espaços forem verdadeiros salões de festa.
Preciso de 3D? E de Smart TV?
     3D e recursos de TV conectada são praticamente padrão nas telas acima de 40″ hoje no mercado brasileiro. São recursos adicionais que ajudam a ampliar o entretenimento na sala de estar e que trazem maior valor ao produto que você leva pra casa. 

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