Pesquisa: As crianças e a tecnologia


     Grandes momentos da infância, como andar de bicicleta sem rodinhas pela primeira vez, parecem estar perdendo importância diante das habilidades digitais adquiridas pelas crianças, que são capazes de operar um smartphone ou acessar um navegador de Internet cada vez mais cedo. Essa imersão no mundo digital é o tema da última pesquisa da série de estudos “Digital Diaries” realizadas desde 2010 pela AVG Technologies, fabricante de softwares de segurança para computadores e dispositivos móveis. Foram entrevistadas mais de 6 mil mães em 10 países, incluindo o Brasil, para traçar um panorama de como as crianças utilizam dispositivos tecnológicos e a Internet.
     A série de pesquisas “Digital Diaries” da AVG teve início há quatro anos, quando mães de diversos países foram questionadas pela primeira vez sobre os impactos da tecnologia em suas casas e famílias. Com 59% das entrevistadas afirmando possuir três ou mais dispositivos conectados à Internet, não é de se surpreender que as crianças tenham habilidades digitais bastante desenvolvidas desde muito cedo. A pesquisa mais recente revelou que na faixa etária entre 3 e 5 anos, mais crianças são capazes de operar jogos de computador (66%) ou utilizar um smartphone (47%) do que de amarrar os próprios tênis (14%) ou nadar (23%).
     “Essa pesquisa nos mostra que saber utilizar a tecnologia hoje é quase como respirar, uma obrigação. O desafio que os pais enfrentam agora, diante de questões como segurança e privacidade, é entender como educar e preparar as crianças nesse universo digital”, declara Dr. Chris Brauer, Diretor de Inovação do Instituto de Estudos de Gestão de Goldsmiths, da Universidade de Londres. “Gostando disso ou não, os pais possuem a enorme responsabilidade de educar seus filhos para que façam um uso produtivo e responsável das tecnologias digitais. Os dados da pesquisa mostram a necessidade de ampliar o debate sobre privacidade e segurança nos lares conectados, mas também a necessidade de promover um estilo de vida mais equilibrado no que diz respeito ao uso da tecnologia e o incentivo a atividades offline”.

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