Cientistas responderam a uma pergunta comum a todos os pais de adolescentes: o que tem de errado com o meu filho? Afinal eles são dramáticos, briguentos e têm atitudes, muitas vezes, incompreensíveis. A resposta? Eles pensam sobre os riscos e as recompensas de cada situação de um jeito diferente.
O estudo, feito na Universidade de Cornell, sugere que o os adolescentes subestimam riscos e acreditam que as recompensas por suas ações serão maiores do que na realidade, ao contrário dos adultos.
E o tipo de recompensa mais visada, como todo filme americano sobre as “high schools” mostra, é o respeito entre outros adolescentes. Em outras palavras, popularidade. Se um adolescente acreditar que desafiar um professor com piadinhas durante a aula o tornará reconhecido entre os colegas, ele provavelmente fará isso – mesmo que, em longo prazo, as consequências possam não ser vantajosas.
Outra pesquisa, feita na Universidade Temple, fez com que adolescentes passassem por um simulador de direção que reproduzia manobras de alto risco. Ao mesmo tempo em que participavam da simulação, seus cérebros eram monitorados. Usando este mecanismo, cientistas verificaram que as áreas do cérebro associadas com a recompensa ficavam mais ativas quando os voluntários eram observados por outros jovens. Nestas situações, eles faziam manobras ainda mais arriscadas.
Mas é importante frisar que estudos anteriores já provaram que os adolescentes são, sim, capazes de atitudes maduras – se tiverem tempo de reflexão. O que acontece é que seus cérebros estão mais acostumados a usar o sistema límbico (a parte emocional) do que o córtex pré-frontal (a parte analítica, mais usada pelos adultos) na hora de tomar uma decisão. Então, se eles forem influenciados pelo “calor do momento” e precisarem agir muito rápido, levarão suas emoções mais em conta do que a razão.
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