Robôs – Os professores do futuro
No futuro, o dia dos
professores poderá ser mais robótico do que humano, já que os alunos irão cada
vez mais aprender com robôs sociais, afirmam cientistas.
Especialmente crianças aprendendo
habilidades pré-escolares e alunos de todas as idades que estudam uma língua
nova, poderão usufruir de professores robôs.
Este é apenas um dos cenários esboçados
num ensaio que olha para uma "nova ciência da aprendizagem", que
reúne as descobertas recentes de campos da psicologia, neurociência, aprendizagem
de máquina e educação.
O ensaio, publicado na revista Science,
apresenta novos insights sobre como os seres humanos aprendem agora e poderão
aprender no futuro, com base em vários estudos, incluindo alguns que documentam
a quantidade incrível de desenvolvimento cerebral que ocorre em recém-nascidos
e, mais tarde, na infância.
A premissa para o novo pensamento: Nós
seres humanos nascemos imaturos e naturalmente curiosos e ficamos criaturas
capazes de realizações culturais altamente complexos - tais como a capacidade
de construir escolas e sistemas escolares que podem ensinar coisas.
Com uma maior compreensão de como esse
aprendizado acontece, os cientistas estão chegando com novos princípios para a
aprendizagem humana, novas teorias educacionais e projetos para ambientes de
aprendizagem que melhor combinam com a forma de aprender melhor.
E os robôs sociais têm um papel
potencialmente crescente nestes ambientes de aprendizagem futuros. Os
mecanismos por trás dessas máquinas sofisticadas aparentemente complementam
alguns dos mecanismos por trás da aprendizagem humana.
Aprendizagem de máquina
Nos primeiros 5 anos de vida, a nossa
aprendizagem é "exuberante" e "sem esforço". Durante a
infância e até a puberdade, nossos cérebros exibem "plasticidade neural"
- sendo mais fácil de aprender línguas. É quase mágico como podemos aprender
uma língua estrangeira.
O nosso aprendizado precoce é
computacional. Crianças menores de três e até mesmo os bebês usam pensamento
estatístico, nomeadamente distribuições de frequência e probabilidades e
covariação, para aprender a fonética da sua língua nativa e inferir relações de
causa e efeito no mundo físico.
Algumas dessas descobertas ajudaram os
engenheiros construir máquinas que possam aprender e desenvolver habilidades
sociais, como BabyBot, uma boneca treinada para detectar rostos humanos. A
imitação é um componente- chave para o nosso aprendizado.
Trata-se de uma maneira mais rápida e
segura de aprender do que apenas tentar descobrir alguma coisa por nós mesmos.
Mesmo como adultos, nós usamos a imitação quando vamos para uma nova
configuração, como um jantar em um país estrangeiro, para nos adaptarmos.
Se colocarmos todos esses recursos de
aprendizagem humana no campo da robótica, há uma sobreposição de certa forma
natural - os robôs são bem adaptados para nos imitar, aprender conosco,
socializar com a gente e, eventualmente, nos ensinar, dizem os pesquisadores.
Professores robôs
Robôs sociais estão sendo usados em
caráter experimental para ensinar várias habilidades aos pré-escolares,
incluindo nomes das cores, novas palavras e canções simples. No futuro, os
robôs serão usados somente para ensinar certas habilidades, como a aquisição
de uma língua estrangeira.
Ainda assim, as crianças aprendem
claramente melhor com outras pessoas e nos jogos de pares, sendo que uma
educação totalmente baseada nos robôs será provavelmente inviável, apesar do
seu menor custo comparativamente aos humanos.
Fonte: Livescience
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