O fim do mundo quase foi antecipado para 11 de dezembro
No dia 9 um grupo de
astrônomos descobriu um asteroide. Não seria nada especial, se ele não
estivesse tão próximo da Terra. Próximo o bastante para dia 11 raspar a
vizinhança, passando a menos da metade da distância da Lua.
Tivemos dois dias de antecedência, e se o
2012 XE54 tivesse sofrido uma perturbação de pentelhonésimos de grau em sua
órbita, poderia ter nos atingido, e não havia nada que pudesse ser feito.
Com 30 metros de diâmetro, um impacto
direto em terra firme liberaria energia equivalente a 2 megatons, ou 13
Hiroshimas.
Em um mundo ideal teríamos radares e
telescópios automatizados pesquisando continuamente os céus identificando
catalogando e classificando asteroides, cometas e qualquer outro objeto maior
do que uma jaca, mas o cosmos é grande demais, os objetos pequenos acabam
escapando e convenhamos, identificar algo menor que um avião de ponte-aérea a
300 mil km de distância já é um feito e tanto.
A
Terra é atingida anualmente por algo entre 37 e 78 mil toneladas de detritos
espaciais, por sorte quase tudo é na forma de poeira, meteoros maiores são
raros. Nem sempre foi assim. Alguns dizem que a própria vida do planeta só
existe por estarmos sob proteção divina. O Deus em questão, claro, é Júpiter,
que com sua massa imensa é “o” aspirador do Sistema Solar, chupando quase tudo
que vem da Nuvem de Oort.
Isso foi dramaticamente comprovado em
1994, quando o cometa Shoemaker-Levi 9 caiu no poço gravitacional de Júpiter e
se espatifou em sua atmosfera, apenas arranhando as nuvens. Se tivesse atingido
a terra estaríamos vivendo o equivalente a um apocalipse zumbi.
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