Fabricante estuda produzir tablet popular de R$ 100 no Brasil


     Um tablet de R$ 100 pode ser produzido no Brasil. A fabricante DataWind estuda estabelecer uma produção local para o chamado UbiSlate, vendido na Índia por R$ 104 (3 mil rupias indianas). “Para lidar com os impostos do país, estamos pensando em produzir o aparelho localmente”, afirmou Suneet Singh Tuli, presidente da DataWind, em entrevista por e-mail ao G1.
     Em outubro, a Índia distribuiu gratuitamente 100 mil UbiSlates aos estudantes – chamado de “Aakash” pelo governo. Outras 10 milhões de unidades serão comercializadas para a educação pelo preço subsidiado de R$ 60. Para conseguir um preço tão baixo, a DataWind criou uma linha de produção apenas para o tablet na Índia.
     Tuli disse que o governo brasileiro também mostrou interesse em fazer um programa semelhante. “Como outros governos ao redor do mundo, o interesse do Brasil é criar uma produção local e proporcionar dispositivos de baixo custo para os estudantes”, afirmou. Outros países interessados são: Tailândia, Turquia, Egito, Sri Lanka, Trinidad e Tobago e Panamá.
     “Com as 900 milhões de linhas de celular que existem na Índia, acreditamos que há pessoas suficientes com acesso a redes móveis e eletricidade que podem pagar por dispositivos com preço de celular”, disse Tuli. “Então, sentimos que a última peça que falta no quebra-cabeça são dispositivos de baixo custo. Fornecendo tablets com preços na faixa da maioria dos celulares, vamos quebrar a barreira do custo”, afirmou Tuli.
O G1 entrou em contato com o Ministério da Educação no Brasil, que confirmou que o governo estuda levar tablets aos alunos, com base no programa “Computador para Todos”. Porém, o governo não confirmou o contato com a DataWind. “O edital para aquisição de tablets, bem como o projeto pedagógico da ação, ainda estão em estudo no Ministério da Educação e no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)”, respondeu a assessoria do órgão.
     Na Índia, a DataWind ganhou uma licitação para fabricar 100 mil tablets para o governo. “Tínhamos um produto que correspondia às especificações exigidas. Era uma licitação pública, e empresas de todo o mundo foram convidadas. Nós ganhamos por termos o lance de menor custo”, explicou Tuli.
     Para desenvolver dispositivos tão baratos, a empresa possui uma tecnologia que desloca o poder de processamento e a memória dos aparelhos para servidores nas “nuvens”. “Nossos anos de experiência na fabricação e desenvolvimento de produtos nos permite ter custos menores que a maioria dos fabricantes chineses”, diz Tuli. “Não estamos limitados apenas às margens de lucro do aparelho. Também focamos lucrar com o sistema operacional”.
     Fundada em 2000, a DataWind desenvolveu uma plataforma de acesso à internet muita avançada, conforme Tuli. “A empresa se concentra em fornecer dispositivos de baixo custo e acesso à internet para acabar com a exclusão digital”. A companhia tem escritório em mritsar, Londres, Montreal, Dallas e Nova Déli.
   O tablet desenvolvido pela DataWind tem tela de 7 polegadas e roda o sistema operacional Android 2.2, do Google. Em novembro, a DataWind começou a oferecer a versão comercial do tablet, por cerca de R$ 104. Tuli afirmou ao jornal “Times of India” que o aparelho já recebeu mais de 300 mil encomendas.
     A diferença de preço entre o Aakash e o UbiSlate, segundo a companhia, é que o produto para o varejo vai incluir um modem que permitirá usar o aparelho como celular e acessar a internet de qualquer lugar. O tablet tem ainda conexão wi-fi, suporte para modem 3G e conta com duas portas USB.
Fonte:G1

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Casal Makk

Geneticistas israelenses criam galinhas sem penas