O Efeito Borboleta realmente existe?


    “O bater de asas de uma borboleta no Brasil pode desencadear um tornado no Texas”. Essa frase, já repetida em várias ocasiões com eventuais diferenças nos locais citados, define o que os pesquisadores chamam de “efeito borboleta”. Mas quanto disso pode ser verificado na realidade?
     Quando o conceito de “Efeito Borboleta” foi concebido pela primeira vez, pelo matemático americano Edward Lorenz em 1963, essa história de borboletas causarem tufões era apenas uma alegoria demonstrativa. Pretendia apenas ilustrar (baseada em um esquema gráfico chamado de “atrator estranho”, associado a uma equação) como pequenos eventos podem originar grandes consequências.
     A repercussão da teoria de Lorenz, no entanto, foi ainda além do que os cientistas imaginaram. Muitos cientistas acreditaram que ela poderia, de fato, ser verificada na natureza, e sua compreensão poderia ajudar a meteorologia a fazer previsões do tempo. Mas cientistas da Universidade de Oxford (Inglaterra) desmentem essa ideia: não é bem assim que funciona.
     O bater de asas de uma borboleta não é totalmente insignificante: ele chega a causar uma perturbação na pressão do ar. Mas essa perturbação, ao redor do corpo da borboleta, é facilmente absorvida, porque a pressão do ar é cem mil vezes maior. A poucos centímetros da borboleta, o impacto é totalmente absorvido.
     O que se chama “efeito borboleta” é um enunciado dentro de uma ideia mais ampla, a teoria do caos. Os físicos se utilizam dessa teoria em uma série de aplicações na observação do universo. A meteorologia, no exercício constante de prever o tempo, precisa trabalhar com muitas margens de erro, e a maioria está associada a pequenos eventos que se desdobram em consequências maiores.
     Devido ao grande número de fatores a se considerar, na ciência da meteorologia, os cientistas explicam que as previsões jamais serão infalíveis. Os balões meteorológicos atuais reúnem condições para analisar os quesitos, mas eles próprios (tais como pressão e umidade do ar, posição das nuvens e a temperatura em si) não oferecem segurança para um número certeiro.

Fonte: LiveScience

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