Paradoxo de Moravec
As pessoas têm dificuldade
em resolver problemas que exigem alto nível de raciocínio. Por outro lado, as
funções motoras básicas e sensoriais, como caminhar, não são problemas. Nos
computadores, no entanto, os papéis são invertidos.
É muito fácil para os computadores
processarem problemas lógicos, tais como a elaboração de estratégias de xadrez,
mas é preciso muito mais trabalho para programar um computador para caminhar ou
interpretar discursos. Esta diferença entre a inteligência natural e artificial
é conhecida como paradoxo de Moravec. Hans Moravec, um cientista de pesquisa no
Instituto de Robótica da Universidade Carnegie Mellon, explica esta observação
através da ideia de engenharia reversa nos nossos próprios cérebros. A
engenharia reversa é mais difícil para tarefas que os seres humanos fazem
inconscientemente, como funções motoras. Porque o pensamento abstrato tem feito
parte do comportamento humano há menos de 100 mil anos, a nossa capacidade de
resolver problemas abstratos é consciente. Portanto, é muito mais fácil para
nós criarmos tecnologia que emula esse tipo de comportamento. Por outro lado,
ações como falar e mover-se não são aquelas que temos de considerar ativamente,
por isso é mais difícil de colocar estas funções em agentes de inteligência
artificial.
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