A origem do código de barras
Quando George Laurer vai fazer compras,
ele não costuma falar para as pessoas do caixa que inventou o código de barras
— mas sua mulher sempre tocava no assunto. “Meu marido inventou o código de
barras”, ela dizia. Em seguida, o operador do caixa olhava para ele com uma cara
de “você está dizendo que já vivemos sem códigos de barras?”
Atualmente, é difícil imaginar uma época
sem códigos de barras. Mas nem tem tanto tempo assim, e a história não começa
com George Laurer. Ela começa com um engenheiro chamado Joseph Woodland. Em
1948, Woodland estava tentando criar um símbolo simples que, quando escaneado,
fosse transcrito como uma sequência numérica. Essa, por sua vez, seria usada
por um computador para identificar um produto específico.
Reza a lenda que ele criou seu modelo em
uma praia de Miami. Ele estava matutando sobre o assunto, pensando sobre Código
Morse e desenhando círculos na areia. Quando de repente, eureca!
Os primeiros códigos de barras tinham o
formato de um alvo; no entanto, eles ainda não eram chamados de “códigos de
barras”. A invenção de Woodland foi patenteada em 1952 como um “Aparato de
Classificação”. O “aparato” de Woodland, porém, iria acumular poeira por 20
anos — os scanners e outros equipamentos necessários para colocar o sistema em
prática eram caros demais.
Finalmente, em 1973, um grupo de
executivos do setor de supermercados, liderado por Alan Haberman, decidiu que o
ramo precisava de algum tipo de símbolo escaneável para aumentar a velocidade
das filas dos caixas. Eles apresentaram uma lista de especificações para o
símbolo ideal e pediram uma possível solução a 14 empresas, entre elas a IBM.
É aí que George Laurer entra na história.
Laurer trabalhava na IBM, e foi incumbido
de colocar o “Aparato de Classificação” de Woodland para funcionar. Mas Laurer
não achava que o modelo em forma de alvo supriria as necessidades do setor
varejista e resolveu repensar a invenção. Então Laurer criou um símbolo
retangular que armazenava mais informações em um espaço menor, e que não manchava
a embalagem dos produtos (ao contrário do símbolo circular de Woodland). O
“Comitê de Seleção de Símbolos” aprovou unanimemente o símbolo retangular e o
código criados por Laurer, que receberam o nome de Universal Product Code, ou
UPC. Um ano depois, em 1974, uma caixa
de chicletes Wrigley foi o primeiro item a ser escaneado com um código de
barras UPC.
De acordo com o GS1, a agência que emite
os números de todos os códigos de barras do mercado, cerca de cinco bilhões de
códigos de barras são escaneados diariamente em todo o mundo.
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