Hacker europeu consegue copiar as digitais da ministra da defesa da Alemanha com máquina de alta definição
"Bom dia, meu nome é Dra. von der Leyen"
Impressões digitais podem não ser mais tão
seguras quanto antes. Apesar de serem usadas em diversos sistemas de segurança
digital, como no iPhone 6 e Samsung Galaxy S5, elas podem oferecer riscos. Isto
porque, pela primeira vez, um hacker europeu conseguiu copiar à distância as
digitais da ministra da defesa da Alemanha, Ursula von der Leyen, com a ajuda
de uma câmera fotográfica.
Jan Krissler, membro do mais antigo
coletivo de hackers da Europa, o Chaos Computer Club, anunciou seu feito no
sábado (27) durante uma conferência. Segundo ele, já existe uma forma de
aproveitar fotos em alta resolução para descobrir as digitais de alguém, basta
submetê-las a um software de computador responsável por decodificar as imagens.
Fotos das mãos da política alemã foram
obtidas enquanto a ministra fazia uma apresentação pública em outubro. Através
destas imagens o hacker usou o software comercial VeriFinger – vendido para
empresas no mundo todo para cadastrar digitais, como em portarias, por exemplo
– e seu programa próprio de decodificação imagens.
Essa foi a primeira vez que descobriram as
impressões digitais de uma pessoa somente através do uso de fotos, o que abre
precedente para que este recurso deixe de ser usado como senhas em breve.
“Depois disso, os políticos vão provavelmente ter que usar luvas quando falarem
em público”, disse o hacker autor da façanha.
Ainda segundo Jan Krissler, a ideia por
trás da descoberta está em alertar empresas e indivíduos de que as impressões
digitais são, na verdade, um meio muito arriscado para ser usado como
autenticação. Com essas informações, criminosos podem criar dedos falsos com
látex e passar a ter acesso livre a qualquer trava biométrica utilizada pela
vítima.
“É estúpido usar algo que
você não pode mudar e que você deixa em todos os lugares todos os dias como um
token de segurança”, afirmou Krissler.
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