Impressora 3D gigante produz dez casas por dia
A impressão 3D está mais do que difundida
hoje em dia. Apesar que ainda haja ressalvas quanto ao uso final por conta dos
altos custos envolvidos – nem falo da impressora em si, mas dos insumos -, por
outro lado para aplicações industriais, científicas e medicinais ela tem se
mostrado um avanço e tanto. Mas e se extrapolarmos um pouco para a área da
construção civil, seria possível uma impressora gigante ser capaz de construir
uma casa em tempo recorde?
Não só seria como isso já é realidade.
Enquanto algumas empresas do ocidente ainda estão estudando o conceito, os
chineses saem na frente e já estão construindo uma média de dez casas por dia
com o método.
A empresa responsável pela iniciativa é a
WinSun Decoration Design Engineering Co. de Xangai. A impressora 3D mede 32
metros de comprimento, 10 m de largura e 6,4 m de altura, o que explica a
capacidade de produzir tantas casas em tão pouco tempo: ela é projetada para
produzir construções simples, utilizando matéria-prima barata e pouca
mão-de-obra, o que joga o preço final da casa no chão. A impressora funciona
como suas primas menores, ao invés de plástico ela utiliza uma mistura especial
de concreto, porém o funcionamento é exatamente igual: ela injeta o material
sobre o molde camada por camada, e uma vez que as paredes secam elas recebem
portas, janelas e telhados.
O resultado final é um tanto
rústico, mas como eu disse e ideia é a praticidade: funcionando a 100% da
capacidade a impressora é capaz de produzir dez casas de 61,39 m² em 24 horas.
E por fim, como a base do concreto utilizado vem de materiais reciclados e o
processo dispensa mão-de-obra o custo final das casas fica em torno de US$
4.800,00. Como habitação na China é um problema sério essa impressora pode
resolver o dilema de moradia de muita gente. A única questão que fica é quanto
à qualidade das casas, e ainda que elas sejam mais seguras que um barraco de
papelão é um fator que deve ser considerado.
Tente imaginar esse produto no Brasil:
ainda que o produto final fosse fatalmente superfaturado, uma casa impressa
ainda sairia muito mais barata que uma tradicional, dada a eliminação de
pedreiros e a velocidade com que ficaria pronta, restando apenas instalar água
e energia elétrica. E com o tempo, com a evolução do processo e barateamento de
custos as casas ficariam cada vez melhores.
Ainda não é uma casa numa cápsula, mas dá
gosto ver o quanto estamos avançando.
Fonte: DT.
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