Tecnologia que transforma papel em interface touchscreen
Hoje em dia temos telas
touchscreen em todo lugar, desde smartphones até computadores AIO lindões (e
gigantescos). Mas e papel? Há quem reclame que ele não é interativo o bastante
(sic), além de ser retrógrado. O fato de termos publicações que resistiram a
milênios enquanto um smartphone não sobrevive mais do que dois anos parece um
tanto irrelevante.
Porém a Fujitsu apresentou uma tecnologia
para tornar a interação com papel (e quase qualquer outra superfície) mais
dinâmica: um dispositivo capaz de escanear um objeto e transformá-lo em uma
interface sensível ao toque.
O aparelho da Fujitsu consiste apenas de
uma webcam e um projetor. Basta aproximar um objeto com uma página e selecionar
uma área arrastando o dedo, como se fosse o cursor do mouse. A área se
transforma numa interface que pode ser manipulada, movida e rotacionada, até
mesmo linkada com o objeto.
Apesar do hardware simples, o pulo do gato
é seu software de processamento que segundo Taichi Murase, pesquisador dos
laboratórios da Fujitsu, é capaz de reconhecer o movimento de um dedo, numa
velocidade de 300 milímetros por segundo. O sistema é tão apurado que ignora
movimentos triviais.
O sistema consegue escanear superfícies
curvas (como um livro aberto) e não é afetado por diferenças de tonalidade. Foi
mostrado inclusive que ele pode manipular objetos renderizados em 3D através do
punho fechado, mas infelizmente não foi exibido se ele escaneia o objeto
inteiro em tempo real.
Por enquanto ele está em fase de testes,
mas a Fujitsu está otimista o bastante e pretende lançar uma versão comercial
já em 2014.
Veja o vídeo:
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