Aeronave supersônica deve reduzir pela metade a duração de viagens
Em 19 de Dezembro de 1985, uma corrida
entre aviões resultou num recorde impressionante: um Concorde e um Boeing 747
da companhia aérea Air France decolaram ao mesmo tempo, o Concorde de Boston e
o Boeing 747 de Paris. Conhecido como a aeronave comercial mais rápida do mundo
(mesmo nos dias atuais), o Concorde chegou a Paris, ficou uma hora no solo e
retornou a Boston, pousando 11 minutos antes do Boeing 747.
Ainda assim, em 24 de outubro de 2003 foi
decretado o fim da aviação comercial supersônica, com a realização do último
voo do Concorde, por considerá-lo um avião inseguro e não rentável.
Felizmente, a Lockheed Martin parece ter
retomado o curso da evolução tecnológica neste campo, com o projeto do N+2 Jet,
uma aeronave supersônica que reduziria o tempo gasto na viagens pela metade,
com capacidade para 80 passageiros.
Um desafio que os engenheiros da empresa
estão enfrentando é a construção de uma aeronave que possa viajar a velocidades
supersônicas, mas sem fazer estrondos sônicos – explosões sonoras que são
criadas por objetos que viajam mais rápido do que 340,29 m/s, a velocidade do
som. O N+2 tem um motor na parte de cima da aeronave, e dois sob as asas, em
uma configuração projetada para reduzir ruídos.
“Para alcançar reduções revolucionárias de
ruído no transporte supersônico, um tipo totalmente novo de sistema de
propulsão está sendo desenvolvido”, disse Michael Buonanno, gerente do programa
NASA N+2 da Lockheed Martin.
Vale notar que a Lockheed não é a única
empresa interessada em desenvolver novas aeronaves supersônicas para fins
comerciais. A Airbus está trabalhando com a empresa aeroespacial Aerion para
criar um jato que faria a viagem de Londres à Nova York em apenas três horas.
No início deste ano, a Aerion revelou
planos para seu primeiro jato executivo supersônico. O modelo, chamado de
Aerion AS2 deve voar à velocidade de 544.04 m/s. Ainda assim, não chegará à
velocidade do antigo Concorde (603.50 m/s).
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