Um biossensor que analisa o sangue em tempo real e envia os dados para o smartphone
Pesquisadores da Escola
Politécnica Federal de Lausana, na Suíça, apresentaram um minúsculo sensor
biomédico capaz de medir, por exemplo, o nível de açúcar no sangue ou a
concentração de determinado medicamento no organismo. O monitoramento é feito
em tempo real, assim, a invenção pode ser de grande ajuda no controle de
doenças crônicas ou em tratamentos prolongados.
Esse não é o primeiro biossensor com
tamanha proposta, mas o dispositivo consegue se destacar pelo seu estado
avançado de desenvolvimento e por sua relativa facilidade de uso e
implementação.
Desenvolvido sob liderança do cientista
Sandro Carrara, o chip deve ser inserido debaixo da pele, mas esse detalhe não chega
a ser um problema por conta das dimensões reduzidas: o sensor tem menos de 1
centímetro, lembrando uma simples pastilha. É necessário fazer apenas uma
pequena incisão na pele, no final das contas.
O biossensor tem mil e uma utilidades: a
medição permanente de glicose pode tornar o controle do diabetes mais eficaz, o
monitoramento da concentração de uma droga pode auxiliar uma equipe médica a
saber a hora certa de reforçar a dose de um medicamento contra dor, a
vigilância sobre os níveis de colesterol pode alertar uma pessoa sobre a
necessidade de uma alimentação mais saudável, e assim por diante.
A quantidade de substâncias que podem ser
monitoradas é realmente grande. O chip possui seis sensores, mas esse número
pode ser aumentado dependendo do que deve ser medido. As informações obtidas
são enviadas por Bluetooth ao smartphone. Fios não são necessários nem mesmo na
recarga de energia: o procedimento é feito por indução.
Com tantas vantagens, é de se esperar que
o biossensor comece a ser usado em larga escala em um futuro próximo, certo? É
pouco provável. Tecnicamente, o dispositivo está bem evoluído, mesmo assim,
muito mais testes são necessários para atestar a sua confiabilidade e
segurança. Até agora, o chip só foi avaliado em ratos. Os testes clínicos em
humanos podem levar de três a cinco anos para começar.
Nesse meio tempo, há questões que precisam
ser respondidas: como garantir a privacidade do usuário? O monitoramento
constante pode causar preocupação excessiva no paciente? E por aí vai.
Fonte: Phys.org
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