Samsung deixa OLED e foca no Quantum Dot em novas TVs


     A Samsung tentou bater de frente com a LG no ramo de TVs por anos, na verdade uma seguiu a outra de forma flagrante em tudo, o que chegou a se desdobrar até em um caso de polícia envolvendo a tecnologia de displays OLED. E é justamente essa tecnologia a responsável por uma mudança de estratégia por parte de companhia sul-coreana: para 2015 nenhum televisor do tipo será produzido, ao passo que os modelos Quantum Dot serão seus novos queridinhos.
     O motivo por trás dessa decisão da Sammy é simplesmente econômico: produzir uma TV OLED é algo muito caro. O custo de fabricação na hora de produzir um modelo de maior tamanho eleva os valores finais a níveis absurdos, proibitivos até para entusiastas. Isso é um ponto a favor do LCD, entretanto a tecnologia OLED é comprovadamente mais eficiente e capaz de entregar cores mais nítidas e imagens mais definidas.
     Tudo repousa em como a imagem é formada. Numa tela LCD, filtros especiais ajudam a polarizar, difundir e colorizar a luz emitida pelos cristais em cada pixel. O grande problema é que esses filtros deixam passar uma gama muito grande de tons – para uma cor amarela, por exemplo, passam junto vários tons próximos. Como se não bastasse, 90% da luz emitida pelos LEDs brancos – que são azuis, mas revestidos com fósforo amarelo – se perdem. Um display OLED não precisa de backlight como TVs LCD ou LED, pois os próprios LEDs emitem luz graças a compostos carbônicos inseridos em sua fabricação – daí vem o “O” de “organic”.
     Sem os filtros de polarização (já que cada pixel exibe a cor correta), uma TV OLED entrega uma qualidade de imagem muito maior, mas o processo de fabricação é demasiado caro e obviamente escala quanto maior o modelo. Isso levou a Samsung a interromper seus planos para novos modelos de televisores com a tecnologia sem previsão de retorno. A solução agora cai sobre a tecnologia Quantum Dot.
     A técnica consiste em um filme com diminutos cristais inorgânicos (pequenos mesmo, medem de 2 a 10 nanômetros) que emitem cores reais quando são eletrificados e iluminados, o que significa que eles ainda dependem de um backlight. A diferença é que o filme dispensa LEDs brancos, podendo utilizar os azuis. Isso representa uma economia enorme e ainda por cima o filme é compatível com a produção de LCDs, no fim entregando cores extremamente fiéis (superior a qualquer outra técnica) por uma fração do custo de produção.
     A LG também anda flertando com a técnica (a Sony saiu na frente), e tudo leva a crer que veremos modelos de TVs Quantum Dot de ambas as empresas na CES 2015. A diferença é que a LG ainda vai se focar nos modelos OLED – embora já esteja queimando os preços de seus modelos porque ninguém está comprando.

Fonte: DT.

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