NASA está desenvolvendo a “Enterprise”, nave que deverá alcançar velocidade da luz
Ainda não dá para dizer que se trata de
mais um exemplo de ficção científica virando realidade, mas é algo bem próximo
disso: a NASA liberou imagens do design que deverá ser empregado na sua
Entrerprise. Sim, uma nave do tipo está em desenvolvimento e leva mesmo este
nome.
O projeto teve início em 2012 e vem sendo
liderado pelo doutor em física Harold White, que dedica suas pesquisas em
formas de impulsionar naves com rapidez próxima à velocidade da luz (algo em
torno de 300 mil quilômetros por segundo). Em outras palavras, White e sua
equipe trabalham para criar uma tecnologia de “warp drive” ou, em português,
“dobra espacial”.
O conceito de warp drive tem como base a
Teoria da Relatividade de Albert Einstein. Dela se extrai a noção de que espaço
e tempo são relativos e que, portanto, o uso de determinados níveis de massa e
energia pode criar uma dobra no espaço que faz com que distâncias possam ser
encurtadas.
O trabalho desenvolvido pela equipe de
Harold White é condizente com a teoria do físico Miguel Alcubierre que,
basicamente, aponta que é possível criar um equipamento de dobra espacial sem
violar as leis da física, o que significa que a nave não vai sofrer danos ou
mesmo ser destruída durante as viagens.
A lei de Einstein que diz que nada pode se
mover mais rápido que a luz também é respeitada: durante as viagens, a nave
encurta as distâncias dobrando o espaço em seu entorno, mas do ponto de vista
local, o equipamento não supera a velocidade da luz.
O artista gráfico Mark Rademaker se juntou
à equipe de Harold White para criar o desenho do que pode vir a ser a
Enterprise “real” – por eles chamada de IXS Enterprise. As imagens mostram uma
aeronave acoplada ao centro de dois gigantescos anéis que seriam responsáveis
por sua propulsão, isto é, pelo efeito de dobra.
Muito empolgante, não? Mas, quando a
“Enterprise real” deixará de ser apenas uma promessa? Bom, tudo ainda não passa
de teoria, então é difícil dar qualquer estimativa, mas a equipe de Harold
White permanece no Centro Espacial Lyndon Johnson, da NASA, trabalhando no
projeto.
As expectativas deles são grandes: novos
cálculos indicam que é improvável que um mecanismo de dobra espacial possa
resultar na aniquilação de estrelas (um “temor” que surgiu há algum tempo) e que
a quantidade de energia necessária para as viagens não é tão assustadoramente
grande quanto se pensava, por exemplo. Vai demorar muito, mas dá mesmo para
acreditar que realmente chegaremos lá.
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