Microsoft desenvolve um tradutor de conversas em tempo real
Recentemente soube que há
mais de uma década a Microsoft vem tentando desenvolver uma versão limitada de
um tradutor universal, abrangendo apenas parte dos idiomas existentes neste
planeta. Rich Rashid, pesquisador da MS, em um evento de informática realizado
na China em 2012, chegou a apresentar um modelo funcional, ainda em fase de
demonstração, mas que provou ser capaz de traduzir do Inglês para o Mandarim,
mas que ainda estava longe de atingir o estágio de comercialização.
Agora sou surpreendido com a notícia que
há exatamente duas semanas, durante sua
palestra na Code Conference, um evento realizado em Rancho Palos Verdes, na
Califórnia, EUA, Satya Nadella, o novo CEO da Microsoft, não apenas anunciou o
lançamento do Skype Translator, um programa capaz de traduzir, em tempo real,
conversas entre dois interlocutores via Skype, permitindo que cada um deles
fale em seu próprio idioma enquanto o outro ouve no seu, como também o demonstrou
publicamente pela primeira vez em solo americano.
Segundo Nadella, o produto ainda está em
estágio de pesquisa, mas ele espera lançá-lo em dois anos e meio (ou seja: no
final de 2016). Mas garante que uma versão beta, funcional, estará disponível até
o final deste ano.
No evento não ficou claro se o Skype
Translator será gratuito. Tudo indica que não, o que muito provavelmente fará
dele mais uma perene fonte de lucros para a MS. Afinal, hoje o Skype tem mais
de trezentos milhões de usuários e transmite dois bilhões de minutos de
conversas a cada dia (tempo que, se as conversas não fossem simultâneas,
corresponderia a quase 65 anos de papo furado) e pode ser usado em uma enorme
variedade de dispositivos, desde telefones espertos até poderosas máquinas de
mesa.
O Skype Translator transmite não apenas
conversas por voz via Internet como também tem suporte de vídeo. Quando a
versão comercial estiver disponível, permitirá troca de ideias entre pessoas de
diferentes continentes que sequer falam o mesmo idioma. Um produto como este
certamente terá uma demanda explosiva. Tão explosiva que a MS pode até se dar
ao luxo de cobrar bem baratinho e ainda assim faturar uma nota preta.
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