Televisão aberta, internet e redes sociais: amigos ou inimigos?
Chris Anderson, editor-chefe da Wired, jurava que a televisão como conhecemos na década de 90 não resistiria ao gigantesco e maleável mundo da internet. Pois bem, pelo menos nos EUA, ele errou — lá, assistir a televisão, em sua forma mais clássica, continua crescendo. Sua teoria: as redes sociais deram um gás à TV comum. Será?
Uma recente pesquisa da Turner, nos EUA, mostrou que o tempo médio usado para ver canais populares em 2011 foi de 34,2 horas. Em 2010, a média era de 34 horas e, em 2006, 32,3 horas. Isso tudo para ver Fox, ABC, CBS, NBC e outros, num mundo em que Netflix, Hulu e outros serviços de streaming oferecem conteúdo mais específico.
Então, o que está acontecendo? Segundo Anderson ouviu de um executivo envolvido com o mundo do entretenimento, as mídias sociais foram “o retorno” da TV, influenciando as pessoas a assistir programas ao mesmo tempo, mas não obrigatoriamente juntas. Se algum amigo tuíta ou fala no Facebook sobre um seriado ou um programa de TV aberta que ele está vendo, na hora você descobre que ele está passando e se sente mais motivado em assistir para poder compartilhar coisas com seus amigos.
Já no Brasil, isso é apenas em parte verdade. Estamos vendo agora novamente a gigantesca movimentação social ao redor do Big Brother Brasil 12, e qualquer timeline se transforma em um liveblog do programa. Todos comentam, logo todos estão assistindo, e quem não está assistindo, se sente tentado, não? Talvez.
Isso porque o último Big Brother Brasil, apesar de ser marcado como o “BBB das redes sociais”, foi a edição de menor audiência da história do programa. O Fantástico, outro programa de audiência absurda e que é comentado ferozmente nas redes sociais, vem caindo de audiência ano após ano(2009, 2010, 2011). O mesmo aconteceu com o clássico especial de fim de ano de Roberto Carlos, que perdeu 50% de sua audiência desde 2000. E então? As redes sociais diminuem ou aumentam a audiência da TV aberta?
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