Músculos artificiais
A expansão e contração dos
músculos nos mantém vivos a cada segundo de cada dia. Mesmo que sejam uma parte
fundamental da nossa existência, ainda não conseguimos recriá-los muito bem.
Quer dizer, até agora: cientistas descobriram recentemente o que pode ser uma
boa solução – fios de carbono cheios de cera.
Esta tecnologia de músculos artificiais
foi desenvolvida por uma equipe de cientistas – incluindo dois brasileiros – na
Universidade do Texas em Dallas (EUA). Ela é centrada no uso de nanotubos de
carbono.
Os nanotubos ganham a forma de fios
retorcidos (imagem acima), cujo volume é preenchido com cera de vela. Quando
exposto ao calor (ou à tensão elétrica), o fio se expande e contrai como um
músculo orgânico, à medida que a cera interna derrete e se solidifica de novo.
Estes músculos de cera não são apenas um
impressionante avanço da nanotecnologia: eles também são muito mais eficientes
do que os seus músculos. Os músculos de nanocarbono podem levantar 100.000
vezes o seu peso e gerar cerca de 85 vezes mais energia mecânica do que
músculos de carne do mesmo tamanho.
Além disso, o músculo em fios pode assumir
um formato de tecido, tornando-o um material muito versátil. Esta tecnologia
talvez apareça em robôs e micromotores, mas não irá para seu corpo: os
pesquisadores observam que os músculos são “atualmente inadequados” para
substituir sua carne fraca. Talvez um dia.
O estudo, publicado na revista Science,
contou com a colaboração de cientistas em vários países, inclusive no Brasil,
onde três pesquisadores da Unesp e Unicamp contribuíram para a pesquisa.
[EurekAlert via Popular Science]
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