Cientistas criam bateria que pode se recarregar sozinha
Pesquisas feitas em conjunto
entre a Universidade de Gdansk, na Polônia e a Universidade de Leuven, na
Bélgica, mostram que as baterias para os gadgets do futuro poderiam ser
otimizadas com a aplicação de conceitos da física quântica. O projeto liderado
por Robert Alicki e Mark Fannes traz possibilidades que podem mudar
completamente a forma como consumimos a tecnologia, principalmente em aparelhos
portáteis.
Tudo parte do conjunto de teorias que
trazem o comportamento de partículas subatômicas, sua forma de interação e
reação. Para compreender o processo, é preciso retomar alguns dos princípios da
física quântica. Sabemos que podemos determinar o estado quântico de átomos a
partir da movimentação dos elétrons, sendo que cada tipo de movimento pode
determinar um valor de bit quântico, o chamado qubit.
Estes estados trazem quantidades pequenas
de energia, mas que podem ser usadas para alimentar equipamentos eletrônicos
dos mais diversos tipos e é dentro disso que o projeto de bateria quântica
surge. Para Alicki e Fannes, a mecânica quântica se aproveitaria do
realinhamento das partículas no interior da bateria para que o gadget
mantivesse uma carga constante, transformando os aparelhos em “auto
recarregáveis”.
Além disso, os cientistas ainda
encontraram outra possibilidade usando o entrelaçamento quântico para criar
redes de baterias que seriam capazes de fornecer quantidades grandes de energia
sem a perda de energia em carga ou descarga. Com isso, seria criada o que eles
chamam de “bateria perfeita”. No entanto, mesmo com o avanço das pesquisas,
ainda não é possível determinar o tempo para que isso seja transformado em um
produto capaz de ser comercializado.
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