O que o governo espera dos tablets para escolas públicas

     O ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, prometeu que ano passado veríamos um edital para a compra de tablets voltados às escolas públicas. Segundo ele, o projeto beneficiaria alunos, fabricantes nacionais de tablets e editoras de livros educacionais. O edital não veio, mas não se engane: o governo ainda quer tablets para as escolas públicas, e explica o motivo do atraso.
     Basicamente, o MEC ainda está definindo os requisitos dos tablets. O que o governo espera dos tablets para escolas públicas?
    “Estamos definindo as características do aparelho, vai depender muito inclusive do custo. Não soltamos ainda o edital porque precisa ter uma definição clara dos pré-requisitos do equipamento. Tem que ter acessibilidade, ser resistente e rodar qualquer conteúdo”, explica Sérgio Gotti, diretor de Formulação de Conteúdos Educacionais da Secretaria de Educação Básica do MEC.
     Bem, se uma das preocupações é o custo, imagino que o governo esteja evitando certos exageros – como o governo municipal de São Paulo comprando Galaxy Tabs para professores, ou o governo de MG comprando iPads para deputados. Aparentemente o edital vai seguir o modelo da compra dos laptops Um Computador por Aluno (UCA), baseado no projeto OLPC. Sim, existe um tablet OLPC, com custo previsto de US$100 a unidade – só que, por enquanto, é um protótipo. O OLPC XO 3.0 ainda precisa de um bom refino na parte de software: o Sugar OS, com conteúdo educacional, é lento e não é 100% pensado para touchscreens.
     Seja qual for o modelo usado, os tablets não vêm para substituir os laptops do UCA, como diz Gotti: “a gente espera universalizar a tecnologia unindo os tablets, os laptops e os computadores de mesa”. Segundo cálculos da Agência Brasil, esses laptops chegaram a menos de 2% dos estudantes na rede pública, mas Gotti lembra: “a intenção nunca foi universalizar o programa nem levar os laptops a todos os alunos”.

Fonte: Gizmodo

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